ParanoramaGeral: A semana foi marcada por uma recuperação do Ibovespa, que registrou alta de 2,89%, impulsionado pela valorização de commodities e fluxo estrangeiro positivo. O cenário global segue incerto, com investidores ainda considerando um Trump moderado com a taxação, dando espaço para negociações. O Hang Seng (+7,04%) da China, acompanha um otimismo dos investidores após efeito DeepSeek. E por aqui fechamos a semana com o mercado interpretando a queda da popularidade do governo e tentando se antecipar a movimentos eleitorais para 2026.

Valuation: O Ibovespa opera em múltiplos atrativos, com P/L (Preço/Lucro) projetado de 7,3x, ainda abaixo da média histórica e um desvio padrão abaixo. O Earnings Yield segue elevado registando taxa de 14%, mas apresentou leve queda devido à valorização recente do índice, desta forma o spread do earnings yield da bolsa voltou a figurar numa média negativa, com a taxa de juros ainda elevada.

Fluxo estrangeiro: O fluxo de capital estrangeiro no mês de fevereiro está praticamente no zero a zero, após um forte movimento de compra em janeiro totalizando cerca de R$ 7,4 bilhões em fluxo comprador, contudo até a última quinta-feira, o investidor estrangeiro estava com saldo de apenas R$ 150 mil positivo, acumulando R$ 7,5 bi no ano. O movimento de sexta-feira onde vimos uma alta de 2,7% praticamente todo o ganho da semana, pode ter mudado esta foto.

Panorama Setorial: Nos destaques positivos vimos os setores de Educação (+9,9%), Varejo (+6,6%) e Transporte e Logística (+7,3%) liderarando os ganhos da semana, impulsionados por revisões positivas nos lucros e aumento na expectativa de crescimento de médio prazo. Já nos destaques negativos, vimos os setores de Papel e Celulose (-0,5%) e Óleo e Gás (-0,6%), refletindo quedas pontuais nas commodities na semana.