ParanoramaGeral: o Ibovespa começou o ano ainda pressionado pelo aspecto do risco fiscal. Na semana passada o ambiente doméstico seguiu afetado pelo humor global, com expectativas de juros elevados por mais tempo nos EUA, o que tira apetite de maiores riscos do investidor estrangeiro. Começamos por aqui ignorando o mau humor externo, com commodities em alta contribuindo para os papéis locais.

Valuation: o índice segue abaixo da média histórica, negociado a 6,7x lucros esperados para os próximos 12 meses. A percepção geral é de que está atrativo em valuation, sustentado pelo lucro das empresas, mas que o ambiente macro segue mantendo investidores de fora e embutindo o risco na precificação. Small Caps seguem com elevado desconto,negociando a 7,5x lucros, 42% abaixo da média dos últimos cinco anos.

Fluxo estrangeiro: Janeiro começa com um fluxo negativo de R$ 3,7 bi em vendas do investidor estrangeiro, que segue atento à dinâmica do juro nos EUA. O investidor institucional por outro lado apresenta fluxo positivo, junto com demais investidores.

Panorama Setorial: na semana passada a bolsa como um todo apresentou desempenho levemente positivo, com destaques para setores como Educação, Saúde Varejo, que chegaram a pegar um início de semana positivo, mas o desempenho foi contido com o mau humor externo pesando sob ativos de risco.

Oportunidades:Seguimos com preferência a setores defensivos, com histórico resiliente nos resultados dado ao momento mais pressionado. Financeiro, especialmente seguradoras e exportadores no caso de Papel e Celulose e Indústria seguem como preferidos. Por outro lado, setores bastante descontados como o de Saúde tem nos chamado atenção.