ParanoramaGeral: oIbovespa começou o ano ainda pressionado pelo aspecto do risco fiscal, contudo nesta semana que se inicia o ambiente global acabou contribuindo para a performance positiva da bolsa, que chegou a atingir 120 mil pontos novamente.

Valuation: o índice segue abaixo da média histórica, negociado a 6,7x lucros esperados para os próximos 12 meses. A percepção geral é de que está atrativo em valuation, sustentado pelo lucro das empresas, mas que o ambiente macro segue mantendo investidores de fora e embutindo o risco na precificação. Small Caps seguem com elevado desconto, sendo 44% abaixo da média dos últimos cinco anos.

Fluxo estrangeiro: o investidor estrangeiro terminou o ano de 2024 com um fluxo na B3 representando uma venda líquida de R$ 32,1 bilhões, mas o maior vendedor foi o institucional com venda líquida de R$ 37,5 bilhões, deixando as compras para os investidores individuais. Janeiro começa com um fluxo negativo de R$ 3,1 bi em vendas do investidor estrangeiro, apenas no dia 2 de janeiro, até onde os dados foram divulgados, mostrando ainda uma pressão vendedora.

Panorama Setorial: na semana passada a bolsa como um todo seguiu pressionada, com mais destaque aos setores de agro, alimentos e bebidas, varejo e siderurgia e mineração. O fator china e a desaceleração persistente por lá segue ainda afetando papéis de commodities, principalmente as metálicas. Exportadores seguem com performance positiva com destaque ao setor de Papel e Celulose e Óleo e Gás.

Oportunidades: Seguimos com preferência a setores defensivos, com histórico resiliente nos resultados dado ao momento mais pressionado. Financeiro, especialmente seguradoras eexportadores no caso de Papel e Celulose e Indústria seguem como preferidos. Por outro lado, setores bastante descontados como o de Saúde tem nos chamado atenção.