Após a posse de Donald Trump, mercados seguiram otimistas com uma postura mais moderada, principalmente em relação à novas tarifas. Contudo o presidente norte americano já anunciou tarifas para importações chinesas a começarem em fevereiro. Na temporada de balanços, Netflix surpreendeu e ações dispararam. Por aqui, Ibovespa acompanha ritmo global e tem alta pelo terceiro pregão consecutivo. Com agenda mais fraca aqui e lá fora, destaques ficam para balanços americanos e novos passos do governo americano.

Estados Unidos

Após o feriado de Luther King, Wall Street reabriu em alta na terça-feira, impulsionada por expectativas mais brandas quanto às tarifas comerciais de Donald Trump e balanços corporativos positivos. O Dow Jones liderou ganhos, enquanto a Nasdaq e S&P 500 também avançaram com destaque para os setores de tecnologia e consumo. As ações da Netflix saltaram no after hours, refletindo aumento expressivo no número de assinantes e alta de preços das assinaturas nos EUA. Investidores analisam impactos de um possível pacote de infraestrutura anunciado por Trump, que inclui investimentos em inteligência artificial e data centers, reforçando expectativas de estímulos ao crescimento da atividade. A agenda de hoje está mais fraca e investidores seguem monitorando os próximos passos do governo americano com Trump e na temporada de balanços, investidores avaliam balanços da P&G e Alcoa.

Mundo

Os mercados asiáticos encerraram a sessão sem direção única. Tóquio foi destaque com alta de 1,6%, impulsionada por notícias de investimentos em inteligência artificial liderados pelo SoftBank em parceria com a OpenAI, Oracle e o governo americano. Na China, o clima foi de pressão, com bolsas em queda após a confirmação de tarifas comerciais pelos EUA de 10% às importações a começar em fevereiro. Já na Europa, bolsas operam em alta moderada, com recordes renovados em Frankfurt e Londres, refletindo otimismo com a temporada de balanços locais e expectativas de maior estímulo monetário pelo Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra.

Brasil

O Ibovespa avançou pelo terceiro dia consecutivo e retomou os 123 mil pontos, um marco não atingido desde dezembro. Com a agenda mais fraca por aqui e investidores aguardando o início da temporada de balanços, o índice tem repercutido o ambiente global, ainda favorável com uma certa moderação no anúncio de tarifas por parte do novo governo norte americano. Contudo as tarifas já anunciadas para a China, deixam os investidores cautelosos quanto aos efeitos positivos que vimos na atividade chinesa com os estímulos recentes, o que pode afetar as commodities e os papéis relacionados por aqui. O dólar cedeu ante o real, acompanhando a leve descompressão no cenário externo e ausência de novos ruídos fiscais locais.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em leve alta, refletindo os anúncios de tarifas comerciais do governo americano. Os futuros de Nova York mostram comportamento misto, enquanto os juros das Treasuries avançam levemente em correção técnica. O petróleo recua pelo quinto pregão consecutivo, com incertezas tanto do lado da demanda quanto do lado da oferta, após Trump mostrar apoio ao aumento de produção de petróleo americano.