Mercados iniciam o dia atentos às divulgações de dados econômicos nos EUA, com destaque para as vendas no varejo, mas seguem animados após o CPI americano ter vindo abaixo do esperado ontem. Na Europa, a aceleração da inflação na Alemanha foi confirmada, enquanto no Reino Unido, a produção industrial decepcionou. No Brasil, o Ibovespa aproveitou bem o bom humor global e ganha atenção hoje a possibilidade de consolidação entre a Azul e a Gol.

Estados Unidos

Os futuros de Nova York operam em alta nesta quinta-feira, refletindo o otimismo em torno da trajetória de política monetária do Federal Reserve. O CPI de dezembro mostrou sinais mais brandos, especialmente no núcleo, trazendo alívio aos mercados e reforçando a visão de que o Fed poderá adotar cortes de juros em ritmo moderado neste ano. No campo corporativo, a temporada de balanços segue no radar, com resultados positivos dos grandes bancos elevando o apetite por risco. As ações do setor financeiro lideraram os ganhos no pregão anterior, enquanto hoje são aguardados números de Bank of America e Morgan Stanley, que podem dar mais pistas sobre a saúde do setor bancário e da economia como um todo. Além disso, o mercado monitora o discurso de Scott Bessent, futuro secretário do Tesouro, que deve abordar questões fiscais e comerciais, incluindo possíveis tarifas e sustentabilidade orçamentária. Na agenda de hoje, o foco estará nos dados de vendas no varejo.

Mundo

Mercados asiáticos fecharam em alta, liderados por Taiwan e Coreia do Sul, com destaque para ações de semicondutores, após resultados positivos de empresas como a TSMC. A China, apesar de leve alta, foi impactada pelas novas sanções americanas contra empresas locais, evidenciando desafios no setor de tecnologia. As bolsas europeias avançam, impulsionadas pelo bom humor global e por resultados corporativos positivos. O CPI final da Alemanha confirmou aceleração anual para 2,6%, enquanto no Reino Unido, a queda inesperada da produção industrial intensifica a preocupação com a recuperação da atividade. Investidores ficam atentos à divulgação da ata do BCE.

Brasil

O Ibovespa teve ontem sua maior alta desde maio de 2023, impulsionado principalmente por bancos, Petrobras e Vale. A inflação abaixo do esperado nos EUA trouxe alívio às curvas de juros locais, com os papéis de empresas cíclicas e de consumo mostrando forte recuperação. No cenário corporativo, o setor aéreo ganha destaque hoje após o anúncio de um memorando de entendimento entre Azul e Gol, explorando uma possível combinação de negócios. Após a notícia, ADRs da Azul subiram mais de 4% no pós-mercado ontem. Mercado fica de olho no IBC-Br, onde é esperada uma queda de 0,1% em novembro corroborando com expectativas de desaceleração no mês. No cenário político, fica no radar a revogação da fiscalização do Pix.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) opera próximo à estabilidade, enquanto os juros das Treasuries avançam. Os futuros em Nova York indicam alta e o petróleo consolida próximo aos maiores níveis dos últimos cinco meses. O minério de ferro sobe ainda apoiado por dados fortes de importação da China e queda nos estoques de aço por lá. O Bitcoin cai levemente, mas se aproxima da marca de 100 mil dólares.