Os mercados globais amanhecem atentos a uma agenda movimentada, com foco nos dados de inflação ao consumidor nos EUA (CPI) e tensões geopolíticas persistentes no Oriente Médio e na Europa. Além disso, resultados dos grandes bancos serão divulgados hoje antes da abertura. Por aqui, investidores acompanham os dados de serviços e o resultado primário do governo central, enquanto o Ibovespa segue em ritmo de leve recuperação.

Estados Unidos

Os futuros de Nova York operam com leve alta, refletindo a expectativa pelo CPI de dezembro, cuja projeção é de aceleração anual, consolidando um crescimento de 2,9%. O dado será acompanhado de perto, já que a criação de empregos acima do esperado em dezembro reforçou a percepção de uma economia aquecida, desafiando a tese de cortes mais expressivos de juros pelo Fed em 2025. A temporada de balanços começa com resultados de grandes bancos como Citi, JPMorgan, Goldman Sachs e Wells Fargo, que podem dar o tom para o mercado ao longo da semana. Ações da Eli Lilly caíram mais de 6% ontem após a fabricante de medicamentos apresentar projeções abaixo do esperado para a receita do 4Tri, puxada por vendas mais lentas dos medicamentos Zepbound e Mounjaro.

Mundo

Mercados asiáticos fecharam em tom misto. Na China, preocupações com novas sanções americanas contra empresas locais e com o crescimento interno pesaram sobre os índices, apesar de uma injeção de liquidez pelo Banco do Povo da China, que busca estabilizar o sistema financeiro antes do Ano Novo Lunar. No Japão, o Banco Central sinalizou que considera ajustes na política monetária, o que valorizou o iene e pressionou os mercados locais. Na Europa, os mercados abriram em alta, apoiados por dados de produção industrial em linha com o esperado e pela perspectiva de relaxamento monetário no Reino Unido.

Brasil

O Ibovespa encerrou a última sessão com leve alta, refletindo ganhos no setor financeiro, como as ações do Bradesco, que se beneficiaram de um menor custo de captação em títulos internacionais. A Vale também contribuiu para o desempenho positivo, com o minério de ferro avançando em Dalian. Por outro lado, Petrobras operou de forma mista, refletindo a volatilidade nos preços internacionais do petróleo. No front macroeconômico, investidores aguardam a divulgação do resultado primário do governo central e dos dados de volume de serviços em novembro. As atenções também estão voltadas para o cenário fiscal, já que o governo federal promete apresentar um pacote de medidas de contenção de gastos. O tema fiscal segue sendo um divisor de águas para o mercado local, influenciando expectativas sobre inflação e juros em 2025​​​.

Abertura

Na abertura, o índice dólar (DXY) recua ligeiramente, enquanto os futuros de Nova York mostram leve alta, refletindo expectativas pelo CPI e balanços nos EUA e os juros das Treasuries apresentam queda. O petróleo opera próximo à estabilidade, com tensões geopolíticas no radar e o minério de ferro tem leve alta em Dalian. O Bitcoin avança e opera a 97 mil dólares.