Semana de inflação nos EUA e PIB na China
Mercados iniciam a semana sob influência de dados econômicos robustos nos Estados Unidos após o payrollacima do esperado na semana passada. Na China, balança comercial acima do esperado, ainda é insuficiente para mudar o humor dos mercados. Por aqui, a expectativa está em novas medidas fiscais. A semana será marcada por indicadores econômicos relevantes, com atenção especial ao PPI e CPI nos EUA e ao PIB da China e por aqui ao IBC-Br e ao IGP-10.
Estados Unidos
O mercado americano segue pressionado após o payroll de dezembro superar as expectativas, evidenciando a solidez do mercado de trabalho e alimentando preocupações sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve. A resiliência econômica tem aumentado a incerteza em relação às políticas monetárias no início do segundo mandato de Donald Trump, marcado por promessas de tarifas comerciais agressivas. O mercado precifica possibilidades mais limitadas de cortes de juros em 2025, o que fortalece o dólar e eleva os rendimentos dos Treasuries. Além disso, os mercados monitoram a temporada de balanços corporativos, com grandes bancos americanos divulgando resultados nesta semana. Em meio a dados resilientes da economia americana, os índices de Nova York encerraram a semana passada em queda, refletindo a cautela com os próximos passos do Fed.
Mundo
Os mercados asiáticos fecharam em viés negativo, mesmo com dados da balança comercial da China vindo acima das expectativas, sem conseguir aliviar preocupações com o impacto de tarifas americanas que ainda estão por vir. O PBoC (banco central chinês) reiterou esforços para estabilizar o yuan, enquanto investidores aguardam o PIB do quarto trimestre do país nesta semana. Na Europa, as bolsas operam em queda nesta manhã, influenciadas pela escalada nos rendimentos de títulos soberanos e pela cautela diante da política monetária global. Atenções se voltam à ata do Banco Central Europeu, prevista para quinta-feira.
Brasil
O Ibovespa encerrou a semana passada em leve alta acumulada, mas perdeu força na sexta-feira, retornando ao patamar de 118 mil pontos. O destaque da semana passada foi o IPCA de dezembro, que ficou alinhado às expectativas, mas confirmou o estouro da meta de inflação em 2024. A pressão cambial começa a influenciar os preços domésticos, enquanto a política monetária restritiva permanece no radar com o mercado apostando em novas elevações da Selic. No campo político, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo deve adotar novas medidas de corte de gastos ao longo de 2025, com atenção aos supersalários no funcionarismo público e idade mínima de aposentadoria dos militares.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em leve alta, enquanto os futuros em Wall Street apontam para quedas moderadas. O petróleo registra sua terceira semana consecutiva de ganhos, impulsionado por expectativas de maior demanda no inverno no Hemisfério Norte, e o minério de ferro avança na China.