Ameaça de tarifas pesa sob os mercados
Mercados começam o dia em tom de cautela diante de expectativas de tarifação generalizada, o que tem impulsionado o dólar globalmente. No Brasil, o Ibovespa recuou em linha com o cenário global, enquanto investidores aguardam dados locais sobre o varejo. As bolsas europeias iniciaram o dia em queda após números mistos da produção industrial alemã e dos dados de inflação na China.
Estados Unidos
Os mercados americanos tiveram uma quarta-feira de volatilidade, com os índices Dow Jones e S&P 500 fechando em leve alta, enquanto o Nasdaq recuou marginalmente. A ata do Fed trouxe poucas novidades, mantendo o mercado na expectativa de cortes moderados nas taxas de juros ao longo do ano. A especulação sobre novas medidas protecionistas no governo Trump, que pode incluir tarifas universais sob justificativa de emergência econômica, segue mantendo o dólar fortalecido e o mercado em alerta. Hoje, as bolsas permanecem fechadas em razão do funeral de Jimmy Carter, com atenção voltada para os rendimentos dos Treasuries, que seguem em baixa.
Mundo
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. Na China, o índice de preços ao consumidor mostrou desaceleração em dezembro, refletindo pressões deflacionárias persistentes. O índice Xangai recuou enquanto o Shenzhen avançou levemente. No Japão, o Nikkei recuou, pressionado pelas perspectivas de alta nos juros locais. No mercado europeu, o tom inicial foi negativo, com quedas nas principais bolsas, mesmo após uma surpresa positiva nos dados de produção industrial da Alemanha. Investidores avaliam as vendas no varejo na zona do euro que avançou 0,1% em novembro, abaixo das expectativas e monitoram falas de membros do Banco Central Europeu.
Brasil
O Ibovespa registrou queda de 1,27%, acompanhando o tom global de aversão ao risco, refletindo a cautela quanto às políticas do novo governo americano e dados econômicos chineses. As ações de grandes players como Vale, Petrobras e bancos recuaram, enquanto apenas nove das 87 ações do índice fecharam em alta. Haddad reforçou a necessidade de pragmatismo fiscal, o que trouxe algum alívio na curva de juros locais, mas o dólar voltou a subir, negociado a R$ 6,12 no fechamento. Hoje, o mercado local acompanha a divulgação de dados de vendas do varejo, enquanto a curva de juros segue estável após especulações sobre medidas fiscais mais rígidas.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera em alta, impulsionado pela expectativa de políticas protecionistas nos EUA, enquanto os Juros das Treasuries caem levemente, refletindo a cautela global. Futuros em Wall Street não operam devido ao feriado. O petróleo segue pressionado, refletindo dados de estoques nos EUA e preocupações com a demanda global. Bitcoin recua após alta recente.