Mercados globais iniciam a primeira semana completa de 2025 com tom misto, enquanto seguem de olho na bateria de dados econômicos nos Estados Unidos, que inclui ata do Fed e o relatório de emprego (payroll) os ânimos com IA se renovaram, após a Microsoft anunciar investimento bilionário. Por aqui, o foco permanece no cenário fiscal e na expectativa por indicadores econômicos locais, enquanto investidores reavaliam os riscos para ativos domésticos.

Estados Unidos

Futuros em Nova York operam em alta nesta segunda-feira, com fôlego renovado com IA após a Microsoft anunciar investimento de US$ 80 bilhões em data centers para treinar modelos de inteligência artificial. Investidores estavam em tom de cautela em compasso de espera pela divulgação da ata do Fed, que será divulgada na quarta-feira e pelo payroll de dezembro na sexta-feira, que devem oferecer pistas sobre a trajetória da política monetária para 2025, tendo em vista que o mercado já monitora uma desaceleração do ritmo de cortes de juros pelo Fed com a inflação americana ainda acima da meta. O PMI será observado hoje, assim como o discurso de dirigentes do Fed. O juro de 30 anos atingiu a maior marca desde novembro de 2023, consolidando a percepção de que a inflação permanece sob atenção.

Mundo

Mercado asiático encerrou a madrugada sem direção única, com bolsas chinesas pressionadas por incertezas econômicas, enquanto Seul e Taiwan foram impulsionadas por um forte rali de tecnologia, após a Microsoft anunciar investimentos bilionários em inteligência artificial. No Japão, as quedas refletiram ajustes de início de ano e incertezas locais com ações da Nippon Steel caindo levemente após Biden ter proibido a venda da americana U.S. Steel para a companhia. Na Europa, mercados abriram a semana em alta com expectativas positivas sobre dados econômicos como os PMIs e o CPI da Alemanha. Londres destoou com mineradoras em queda refletindo o desempenho das commmodities metálicas.

Brasil

O Ibovespa fechou a semana anterior em queda voltando para níveis de novembro de 2023 a 118 mil pontos, marcado pela liquidez reduzida e pela preocupação contínua com a situação fiscal. A insegurança com a condução das contas públicas segue afetando o apetite de investidores estrangeiros, enquanto a agenda macroeconômica limitada deixou o mercado sem catalisadores positivos. No governo, após período afastado por recomendação médica, Lula volta a despachar no Planalto hoje já se encontra com Haddad, enquanto enfrenta pressão na reforma ministerial no Congresso. Nesta semana, o mercado fica de olho no Relatório Focus, PMI, Balança Comercial, vendas no varejo e principalmente no IPCA na sexta-feira.

Abertura

Na abertura o índice dólar (DXY) opera em leve queda, corrigindo após ganhos recentes, enquanto os futuros em Wall Street avançam com impulso da Microsoft. Os juros dos Treasuries permanecem em alta, reforçando cautela com o cenário inflacionário e o petróleo recua em movimento corretivo após ganhos recentes e o minério de ferro cai 2% em Dalian. Bitcoin sustenta alta e negocia acima dos 98 mil dólares.