Resumo
- Atualmente existem três principais modalidades de títulos públicos: Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Prefixado, mas qual vale a pena investir;
- Selic é uma boa opção para caixa a àqueles mais conservadores, entretanto nosso call principal é o IPCA+, e para aqueles que querem um pouco mais de risco, os prés curtos podem ser interessantes.
Onde estão os maiores retornos?
Atualmente, existem três principais modalidades de títulos públicos: Tesouro Selic, IPCA+ e prefixado. Cada um deles está atrelado a um indexador diferente o que os direciona a estratégias diferentes. Com a Selic em seu atual patamar de 10,5%, a reserva de emergência do investidor fica muito bem servida pelo Tesouro Selic, bem como àqueles que visam uma remuneração do portfolio destinado ao caixa, tendo em vista a alta segurança e liquidez, somado a remuneração.
Recentemente, vimos aumentar no mercado as apostas de alta da Selic, na expectativa de que o Bacen faça movimentos nesta linha para reancorar as expectativas de inflação de longo prazo, que seguem acima da meta. No entanto, projetamos a Selic no atual patamar até meados de 2025, momento em que, então com o arrefecimento da inflação, teríamos espaços para cortes.
Aos investidores que estão visando mais o longo prazo, existem opções melhores que podem render mais do que o Tesouro Selic. Dentre as modalidades, acreditamos que o IPCA+ é o mais interessante, no atual momento. Os prêmios pagos atualmente estão em torno de 6%, ou seja, um retorno adicional de 6 p.p.ao desempenho da inflação, medida pelo IPCA.
Em outros estudos, demonstramos que visando um prazo mais longo, uma remuneração neste patamar acaba sendo muito difícil de ser superada, sendo esta, então, uma oportunidade.
Um ponto importante a ser considerado é a janela de entrada, visto que a taxa de compra é, obviamente, um fator relevante. Acreditamos que ainda existe prêmio na curva, onde os juros de longo prazo podem manter a tendência descendente. O movimento se acelerou nos últimos dias, mas o patamar ainda se encontra acima da média histórica. Lembrando que o título também se valoriza quando os juros caem, o que pode contribuir também para um retorno ainda mais interessante.
Por fim, em relação aos títulos prefixados, vemos os mesmo com um certo tom de cautela. Embora acreditemos que exista certo prêmio para os vencimentos mais curtos, em um prazo de no máximo 12 meses, seguimos sugerindo exposição mínima no portfólio, de até 5% conforme nosso último relatório de alocação.