Outra semana na qual as expectativas para inflação seguem acelerando, agora em 4,59% e 4,03% para 2024 e 2025, respectivamente. Itens bastante voláteis, como alimentos, têm influenciado consideravelmente, bem como a bandeira tarifária na conta de luz. Outros gatilhos, como o dólar no atual patamar de R$ 5,80, influenciam tanto na inflação corrente quanto nas expectativas.

Os juros futuros tiveram forte alta na comparação semanal, com vértices entre 2-3 anos superando os 13%. O mercado continua a demandar um posicionamento do governo quanto ao fiscal, à espera de um pacote de corte de despesas desde a semana passada. O cancelamento de viagem de Haddad à Europa hoje contribui para elevar as apostas de que o governo deverá anunciar novidades em breve.

O prêmio das NTN-Bs seguiram a mesma linha, com forte alta, em vários vértices superando os +7%. A situação dos juros deve continuar apresentando volatilidade, em especial com a decisão do Copom que ocorrerá nesta quarta-feira (06/11), e na qual se espera mais uma alta de 50 p.b. na Selic.

Já os juros nos EUA tiveram queda na parte curta e alta na parte longa da curva. Os dados do payroll de sexta apesar de virem abaixo das expectativas, não puderam ser totalmente considerados, tendo em vista os impactos do furacão Milton e da greve portuária no período. No entanto, outros dados como taxa de desemprego e salários mostram que a economia segue forte, o que pode dificultar o processo de flexibilização da política monetária esperado pelo Fed. Além disso, temos no radar as eleições presidenciais (05/11) que seguem acirradas e que devem contribuir para incertezas nas próximas semanas.