As expectativas de inflação permaneceram estáveis na comparação semanal, com projeções para 2025 e 2026 em 5,65% e 4,50%, respectivamente, conforme o relatório Focus. O mercado continua projetando que os preços dos itens ligados à alimentação e aos combustíveis influenciarão o índice geral neste ano, com uma tendência de arrefecimento somente no segundo semestre.

Na comparação semanal, a curva futura de juros brasileiros apresentou forte elevação em praticamente todos os seus pontos, tornando-se bastante estressada novamente, com os vencimentos para este ano superando os 15,5%. Acreditamos que a volatilidade do mercado externo, os temores de recessão nos EUA, a dinâmica dos gastos do governo e seu impacto na inflação são os principais fatores que explicam essa elevação.

Quanto à curva das Bs, que representa os juros futuros reais, houve uma alta, especialmente na parte média e longa da curva, refletindo o mesmo cenário de estresse. Em relação à agenda macroeconômica do Brasil, esta semana será mais modesta, com possíveis influências advindas do mercado externo.

A curva de juros dos EUA manteve-se praticamente estável, embora tenha apresentado uma alta marginal na parte mais longa. Entendemos que os principais fatores direcionadores por lá agora são as expectativas em relação à resiliência econômica e à inflação, além das políticas de taxação do governo Trump. O principal destaque da semana será a divulgação do Payroll, prevista para esta sexta-feira.