A Selic vai continuar subindo? Até quando?
Na próxima quarta-feira teremos a primeira reunião do Copom de 2025, com o mais novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O mercado praticamente já endereçou as altas da Selic conforme a última Ata.
Mas, teremos realmente uma alta ou uma mudança de postura do Bacen? E o tom da Ata? Permanecerá mais rígido ou mais flexível? Tentamos ajudar nossos investidores com tais questões neste conteúdo.
Espero que aproveitem e bons investimentos!
Esperamos 100 bases points de alta
A próxima reunião do Copom será na quarta-feira (29/01), e na qual esperamos uma alta de 100 pontos base na Selic, passando dos atuais 12,25% para 13,25% a.a., conforme projetado pelo time de macroeconomia do Inter. Tais expectativas são baseadas na última ata que praticamente endereçou mais duas altas de 1 p.p., desta reunião de janeiro e a de março.
Diante destas projeções, o mercado também já se antecipou e precificou estes movimentos, como pode ser observado tanto nos juros futuros, quanto nas opções do Copom da B3.

Singular ou plural? A principal questão a ser respondida.
Como o último comunicado foi no plural, endereçando mais duas altas de 100 p.b., mercado estará atento à comunicação do Copom, se será mantida a indicação no plural, endereçando então mais outras duas altas, ou se será no singular, deixando a decisão de maio em aberto.
O mercado tem precificado ainda forte alta ao longo do ano, que pode ser observado através do relatório Focus. As expectativas são de que a Selic atinja 15% em 2025, ou seja, mais 275 pontos base de aumento, considerando os atuais 12,25%.

Se as expectativas estiverem corretas, referente aos aumentos de 100 p.b. em janeiro e março, restaria 0,75%, que poderiam ser distribuídos nas reuniões seguintes. Mas o cenário tem permanecido bastante volátil, com uma inflação que ainda não tem demonstrado tantos sinais de desaceleração. O IPCA-15 divulgado hoje (24/01) em 0,11%, ficou bem acima das expectativas, que eram de uma deflação de 0,01%.
O que temos orientado aos nossos investidores é sim uma exposição aos pós fixados, visto que projetamos juros subindo em 2025, no entanto atentando à diversificação da carteira, já que o cenário pode mudar rapidamente.