Inflação na pauta, enquanto PMI chinês decepciona
O Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 1,46% após três quedas seguidas. O que movimentou o índice no dia foi relatório de inflação do Banco Central que elevou projeções para o PIB e reduziu para a inflação, além de falas de Roberto Campos Neto sinalizando corte de juros na reunião de agosto. O IGP-M de junho teve queda maior que o esperado e deflação é a maior da série histórica. O CMN manteve alvo da inflação em 3% para 2026 e alterou regime para meta contínua. Em Wall Street, bolsas encerraram mistas. Nasdaq ficou estável, enquanto S&P500 e DowJones subiram com revisão para cima do PIB americano no primeiro trimestre e rali de bancos após instituições passarem no teste de estresse do Fed. O dólar fechou o dia em estabilidade e o índice DXY também. Para hoje, na agenda doméstica teremos taxa de desemprego, enquanto lá fora, serão divulgados Núcleo do Índice de Preços PCE nos EUA e Inflação ao consumidor na Zona do Euro.
Estados Unidos
Em semana marcada por falas de Powell mais incisivas quanto à inflação e juros, bem como dados mais fortes da economia norte-americana, com revisão do PIB a 2%, as apostas de nova alta nos juros pelo FED na próxima reunião ganharam força, com mais de 80% do mercado inclinado a esta opção. Hoje, saem dados de inflação pelo PCE, com expectativa girando em torno de 4,7% para o núcleo. Yields das Treasuries seguem avançando. Futuros indicam alta.
Europa e Ásia
A atividade na China decepcionou mais uma vez, com PMI Manufatura ficando em 49 pts, novamente em patamar contracionista. O PMI não Manufatura recuou, elevando receios quanto à perda de tração da economia, mas também as expectativas quanto à mais estímulos, fazendo com que os índices na China subissem. No Japão, após forte alta, Nikkei teve dia de leve realização. Na Europa, bolsas em alta com apostas de estímulos na China e enquanto aguardam inflação nos EUA. A inflação na Zona do Euro mostrou nova desaceleração, beneficiada por queda de preços de combustíveis. Na Alemanha, desemprego sobe mais que esperado.
Brasil
Ontem, o CMN decidiu pela manutenção da meta de inflação em 3%, alterando porém o prazo de ano-calendario para regime contínuo. Caged mostrou queda, criando 155 mil vagas, porém confirmando mercado de trabalho robusto. Hoje teremos taxa de desemprego, que deve recuar a 8,2%.
Abertura
Na abertura, o índice DXY tem leve alta, enquanto futuros em Nova Iorque sobem e juros das Treasuries também. Minério de ferro recua com China mais fraca e petróleo hoje avança, mas registra novo trimestre de queda, chegando a mínima de dois anos, com incertezas quanto à demanda global.
O que esperar
Mercados positivos lá fora devem ajudar o Ibovespa que pode ter influência também do setor de Oleo&Gás. Atenção ao GPA que recusou proposta pela Exito, e ao Mercado Livre que vai trazer o Brás para sua plataforma, de olho em Shein, e elevando competição no setor.
Dados de mercado
- Ibovespa (Fec): +1,46%
- SP500 (Fec): +0,45%
- Dow Jones (Fec): +0,80%
- Nasdaq (Fec): -0,00%
- Nikkei (Fec): -0,14%
- SSEC (Fec): +0,62%
- CSI (Fec): +0,54%
- FTSE (Abe): +0,72%
- DAX (Abe): +1,16%
- CAC (Abe): +1,18%
- Dólar: R$ 4,84
- BTC (Abe): US$ 30.805
Agenda do dia
- 06:00 | IPC (Jun)
- 09:00 | Taxa de desemprego (Mai)
- 09:30 | Núcleo do Índice de Preços PCE (Mai)
Ótima sexta-feira!
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