Crescimento e consolidação no horizonte.
A consolidação das aquisições feitas pelas companhias segue ditando o tom como no trimestre anterior, o cenário de incerteza e risco de recessão geram desafios para integração dos processos e manutenção dos resultados dos novos segmentos dos ecossistemas das empresas, fato que acompanhamos de perto.
Com juros e inflação na ordem dos dois dígitos, tanto a Sinqia quanto a Totvs devem sentir pressão na geração dos novos contratos, visto o aumento do custo de implementação de projetos no contexto operacional dos seus clientes, entretanto, o poder de repasse dos custos pode mitigar parte deste downside. As companhias apresentaram no ano passado taxas de renovação contratual e percentual de receita recorrente de 97% e 90% para Sinqia, enquanto Totvs reportou 98% e 82%, respectivamente.
A Sinqia apresentará os resultados no dia 11 de agosto, após o fechamento de mercado. Para a companhia esperamos margens em linha com o 1T22, calculamos a sua margem bruta em 41,2% enquanto a sua margem EBITDA esperamos algo na ordem dos 20,1%.
Totvs divulgará os resultados no dia 05 de agosto, após o fechamento de mercado. Esperamos a manutenção de suas margens em relação ao trimestre anterior, com 70,2% para sua margem bruta e 22,8% para sua margem EBITDA.
Sinqia: Visando o crescimento
Esperamos um lucro líquido de R$ 9,33 mm (- 3,4% t/t) no 2T22, influenciado pelo aumento das despesas operacionais e o custo de mercadoria vendida, vindo da alta da inflação. Projetamos a margem líquida levemente menor que o exercício anterior, em 6,8% (- 0,2 p.p. t/t e +1,3 p.p. a/a), uma vez que entendemos que a empresa segue otimizando seu quadro de custos, buscando eficiência operacional por meio do cross-sell e up-sell, além de explorar a sinergia entre suas adquiridas e a matriz, mas a alta da inflação pesa na sua margem final. Por fim, calculamos um EBITDA Ajustado na ordem de R$ 27,4 mm (- 14,8% t/t e + 38,9% a/a).
Totvs: Positivo, apesar da inflação
Projetamos uma receita líquida de R$ 1.004 mm para o 2T22 (+2,4% t/t e +31,6% a/a), positivamente influenciado pela esteira de incorporação das suas aquisições. Calculamos um leve aumento das despesas operacionais de 2,6% frente o trimestre anterior ocasionada pelo aumento inflacionário, ainda que aliviado pelo poder de repasse de preços da companhia. Esperamos a manutenção relativa de suas margens, com margem bruta de 70,2%, margem EBITDA de 22,8% e margem operacional de 14,9% (- 0,1 p.p., 0 p.p. e +2,3 p.p., respectivamente). Por fim, o EBITDA Ajustado calculado foi de R$ 228,9 mm.