Macroeconomia


Renda Fixa: Rendimentos pós-fixados

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Rafael Winalda

Publicado 07/fev

A boa e velha Selic.

Talvez, o mantra mais dito no mercado financeiro seja: diversifique seu portfólio. Em nossa opinião, é um ponto chave para a evolução de uma carteira saudável que desempenha com boa relação risco-retorno no longo prazo. Diante disto, apresentamos aqui alguns argumentos sobre nossa sugestão de alocação em ativos indexados a Selic, sustentados pelos excelentes retornos obtidos ao longo do tempo.

Um investidor pode contra-argumentar que o Brasil vivencia um período em que se espera queda de juros, podendo tornar a Selic não-atrativa. O gráfico a seguir demonstra a trajetória esperada pela expectativa dos economistas versus o que o mercado tem esperado pela curva DI. Apesar desta distorção entre as projeções, a conclusão óbvia é que a trajetória esperada para os juros nos próximos anos é de queda.

Entretanto, três pontos merecem destaque. O primeiro é referente ao longo histórico de performance da Selic, o qual pode ser observado no gráfico a seguir, reflexo da curva CDI ao longo do tempo (lembrando que CDI e Selic tendem a ser muito próximos). O desempenho é superior a diversos outros índices de renda fixa, o que sustenta, mais uma vez, a alocação no portfólio.

O segundo destaque, embora também em relação a retorno, é que um dos principais objetivos do investidor é o ganho real de capital (retorno do investimento acima da inflação), e neste sentido, a Selic também se destaca como uma opção. No gráfico a seguir destacamos que o retorno real médio desde 2000 é superior a 5,5%.

Por fim, a baixa correlação da Selic com as demais classes também sustenta sua posição em uma carteira bem diversificada, conforme tabela a seguir. Assim, entendemos que o investidor deve ficar atento à composição do seu portfólio com esta classe específica de ativo. Em nosso relatório mensal, Inter Strategy, sugerimos uma alocação de pós-fixados de 80%, 40% e 15% para os respectivos perfis conservador, moderado e arrojado.


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