Macroeconomia


Panorama Pix - Setembro/2022

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Matheus Amaral

Publicado 21/out3 min de leitura

Pix atinge a marca de R$ 1 tri e segue no all time high em volume financeiro representando 20% das transferências

Volume financeiro em transações Pix atingiu R$ 1.021 bi em setembro, novo recorde (+3,6% m/m). A quantidade de transferências segue crescendo e totalizou no mês 2.301 milhões (+5% m/m). O ticket médio do Pixfoi de R$ 443 (-1,3% m/m) e segue reduzindo gradativamente a medida que a ferramenta se populariza. A representatividade no sistema de pagamentos atingiu em 20% do volume de transferências em setembro, enquanto TED e Boletos caíram 1 p.p. cada representando 69% e 9%, respectivamente.

Fonte: Bacen e Inter Research

Pix transaciona mais que todos os outros instrumentos, enquanto volume financeiro é o 4º instrumento.

No 2T22 o Pix se mantém maior instrumento transacionado, mas em volume financeiro figura na 4ª posição com tendência de ultrapassar o Boleto e se aproximar das Transf. Interbancárias e TED. O total transacionado registrou 4,3 bilhões no 1T22 (+10% t/t), enquanto o volume financeiro totalizou R$ 2.069 bilhões (+7% t/t). O principal meio de transação segue sendo o telefone celular que representou 76% do sistema em setembro e com contínua tendência de avanço em detrimento de meios físicos como ATM e Agências, além do Internet Banking ter perdido espaço para o mobile. Em pagamentos a tendência também é a mesma com o mobile representando 51% e o internet banking 23%.

Fonte: Bacen e Inter Research

Chaves totais registram 511 milhões, resultando em uma média de 4 por pessoa e 2 por PJ.

Número de chaves avançou 2,6% m/m com maior crescimento em PJ (+3,8% m/m) e faixa etária continua majoritariamente mais jovem. O total de chaves foi de 511 milhões, com 95,5% das chaves representadas por pessoas físicas, já o total de usuários somou 136,6 milhões, uma média de quatro chaves por pessoa e 2 chaves por PJ, enquanto o limite é de 5 para PFse 20 para PJ. A faixa etária por usuários do Pix mostrou estabilidade entre todos os usuários. O uso regional também se estabilizou com o Sudeste representando 43%, Nordeste 26%, Sul 12%, Norte 10% e Centro-Oeste 9%.

Fonte: Bacen e Inter Research

Mantendo o status quo, P2P e P2B seguem mais representativos. Ticket médio com tendência de queda.

Sem maiores alterações, as transações P2P seguem como mais representativas com 68% do transacionado, seguida pelas transações P2B com 22%. Em volume financeiro as transações P2P e B2B empatam e representam ambas 38%, seguidas pela B2P e P2B com 13% e 10%, respectivamente. O ticket médio por sua vez é maior nas transações envolvendo PJ naturalmente, logo as transações B2B possuem um ticket médio de R$ 6.021 (-3,6% m/m) e P2P de R$ 258 (-2,1% m/m) e todas as outras também com tendência de queda com a maior popularização e uso do Pix no dia a dia.

Fonte: Bacen e Inter Research

Pix Saque e Troco com crescimento duplo dígito, mas com baixo volume financeiro.

O Pix Saque tem apresentado maior utilização que o Troco, as transações com saque totalizaram 391 mil em setembro (+25,7% m/m), já o volume financeiro no Saque foi de R$ 51,5 milhões (+21,5% m/m) acelerando contra o mês passado. O Pixtroco registrou 5 mil transações (+34,1% m/m) e um volume financeiro de R$ 525 mil (+21,9% m/m). O ticket médio do PixSaque foi de R$ 132 no mês, caindo 3,3% m/m, enquanto o ticket médio do PixTroco foi de R$ 111 (-9,1% m/m). Se compararmos o volume de saques de julho no Pixcom o volume médio mensal dos saques normais no 2T22 (R$ 213 mm), o PixSaque correspondeu a 24% desse valor.

Fonte: Bacen e Inter Research

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