Macroeconomia


Panorama Pix | Novembro 2022

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Matheus Amaral

Publicado 20/dez3 min de leitura

Pix mantém recorde em volume financeiro e já representa 22% das transferências.

Volume financeiro em transações Pix atingiu R$ 1.078 bi em novembro, novo recorde (+4,2% m/m). A quantidade de transferências segue crescendo e totalizou no mês 2.628 milhões (+3% m/m). O ticket médio do Pixfoi de R$ 410 (+0,7% m/m) e segue reduzindo gradativamente a medida que a ferramenta se populariza. A representatividade no sistema de pagamentos atingiu em 22% do volume de transferências em novembro, enquanto TED e outros mantiveram-se estáveis.

Fonte: Bacen e Inter Research

No 2T22, o Pix se manteve como maior instrumento transacionado, mas em volume financeiro figura na 4ª posição com tendência de ultrapassar o Boleto e se aproximar das Transf. Interbancárias e TED. As transações totalizaram 5.470 milhões no 2T22 (+28% t/t), enquanto o volume financeiro totalizou R$ 2.554 bilhões (+23,4% t/t). O principal meio de transação segue sendo o telefone celular que ampliou a representatividade para 76% do sistema no 2T22 e contínua tendência de avanço em detrimento de meios físicos como ATM e Agências, além do Internet Banking ter perdido espaço para o mobile. Em pagamentos, a tendência também é a mesma, com o mobile representando 51% e o internet banking 23%.

Fonte: Bacen e Inter Research

Número de chaves avançou 2,6% m/m com maior crescimento em PJ (+3,4% m/m) e faixa etária continua majoritariamente mais jovem. O total de chaves foi de 512 milhões, com 95,4% das chaves representadas por pessoas físicas. Já o total de usuários somou 140 milhões, uma média de quatro chaves por pessoa e duas chaves por PJ, enquanto o limite é de cinco para PFse 20 para PJ. A faixa etária por usuários do Pix mostrou estabilidade entre todos os usuários. O uso regional também se estabilizou com o Sudeste representando 43%, Nordeste 26%, Sul 12%, Norte 10% e Centro-Oeste 9%.

Fonte: Bacen e Inter Research

Sem maiores alterações, as transações P2P seguem como mais representativas com 66% do transacionado, seguida pelas transações P2B com 24%. Em volume financeiro, as transações P2P e B2B representam respectivamente 38% e 37%, seguidas pela B2P e P2B, com 13% e 11%. O ticket médio por sua vez é naturalmente maior nas transações envolvendo PJ, logo as transações B2B possuem um ticket médio de R$ 5.568 (-3,3% m/m) e P2P de R$ 253 (0,7% m/m) e todas as outras também com tendência de queda com a maior popularização e uso do Pix no dia a dia.

O Pix Saque tem apresentado maior utilização que o Troco. As transações com saque totalizaram 426 mil em novembro (+8,2% m/m), já o volume financeiro no Saque foi de R$ 57 milhões (+8,2% m/m) acelerando contra o mês passado. O Pixtroco registrou 4 mil transações (-2,9% m/m) e um volume financeiro de R$ 567 mil (+3,9% m/m). O ticket médio do PixSaque foi de R$ 134 no mês, avançando 0,4% m/m, enquanto o ticket médio do PixTroco foi de R$ 126 (+6,9% m/m). Se compararmos o volume de saques de novembro no Pixcom o volume médio mensal dos saques normais no 2T22 (R$ 213 mm), o PixSaque correspondeu a 26% desse valor, o que tem avançando a cada mês.

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