Highlights
- Mercado brasileiro enfrentou mais uma semana ruim com queda de 0,9% e mais uma vez o cenário político segue sendo protagonista dos motivos para a maior percepção de risco do investidor com o Brasil. Na semana dados do IPCA acima do esperado também contribuíram para o pessimismo no mercado doméstico. Por outro lado, Bolsas em Wall Street seguem performando bem, mesmo coma postura mais hawkishdo Fedapós a decisão de manter os juros inalterados e indicando apenas um corte para o ano, o que deixou os mercados menos animados mesmo com notícias boas dos dados de inflação ao consumidor e ao produtor vindo abaixo do esperado. Para deixar o clima um pouco blasé pós Fed, no velho continente, a instabilidade política na França deixou o mundo em alerta e pessimista por lá, a bolsa francesa caiu 6,2% na semana passada e puxou o mercado europeu junto.
- Mercados emergentes, principalmente Latam seguem trazendo maiores descontos que os demais, principalmente puxado por Brasil e México. Por outro lado, bolsa argentina e indiana seguem compensando a balança sendo outliers do segmento. Nos desenvolvidos, preferência do mundo segue sendo a Nasdaq e S&P500 com a preferência do investidor pelas teses de tecnologia.
- No Brasil os indicadores estratégicos seguem indicando a preferência atual por cases defensivos, ou seja, companhias geradoras de caixa e pagadoras de dividendos evidenciado pela performance do Índice Dividendos no ano, que perde menos que as demais estratégias, sendo a de investimento em SmallCaps a pior performance no ano.
- Apesar do pessimismo generalizado e do Ibovespa ter estagnado nos últimos anos em um valuationde cerca de 7x lucros esperados, o lucro das empresas segue em crescimento e nunca foi tão alto. O prêmio do earning yield do Ibovespa versus o cupom das NTNBsde 10 anos voltou a subir com as quedas recentes e registra 8,1%, mais que um desvio padrão acima da média.
- Na última semana o setor de agricultura foi destaque puxada pela alta de quase 9% da São Martinho, que recebeu upgrade de recomendação por um grande banco. O setor de tecnologia também mostrou boa performance com altas de Méliuze Totvs, seguido pela Indústria que contou com a alta apenas de dois pesos pesados do segmento, Weg e Braskem. Por outro lado, os segmentos de Óleo e Gás, Varejistas e Transporte tiveram as piores performances.
- A performance da Bolsa na semana já indicava que o fluxo não traria boas notícias, e nesta semana o fluxo do investidor estrangeiro se intensificou na ponta vendida e já acumula R$ 7,3 bi em vendas em junho ampliando para R$ 43 bilhões no ano. O institucional por outro lado deu a saída para o gringo na última semana e acumula compra de R$ 3 bilhões em junho e de R$ 6 bilhões no ano. O maior comprador de bolsa no ano segue sendo o investidor individual que já acumula R$ 21,6 bilhões em compras.
