Macroeconomia


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Matheus Amaral

Publicado 03/jun5 min de leitura

Highlights

  • A bolsa brasileira encerrou a semana passada em queda de 0,55% finalizando o mês de maio no menor nível do ano a 122 mil pontos. A curva de juros seguiu abrindo na comparação semanal e pressionando os mercados. O Relatório Focus desta semana marca mais um aumento das expectativas para os juros em 2024 para 10,25%.

  • O mês contou com diversos fatores negativos como mudança de rota nas expectativas de juros após o dissenso no Copom, preocupações acerca da meta fiscal, desastre no Rio Grande do Sul agravando o cenário não só fiscal, mas de empresas direta e indiretamente afetadas e por fim, mudança em mais uma gestão curta na presidência da Petrobras. Esses fatores contribuíram para que o índice brasileiro continuasse a destoar não só de mercados desenvolvidos como de alguns emergentes no mês, apesar de que na última semana os mercados globais performaram mal acompanhando os movimentos do juro norte-americano após dados de atividade e inflação em linha com o esperado.

  • Nas mínimas do ano, o Ibovespa negocia a 7,4x lucros (FY1) trazendo 29% de desconto versus a média dos últimos 5 anos, figurando com uma das bolsas mais descontadas junto a outros emergentes, principalmente latino-americanos. Dentre as estratégias, o investimento em dividendos segue sendo mais resiliente, ao menos com uma queda menos acentuada. No ano, o IDIV cai cerca de 5%, enquanto o Ibovespa cai 9% e o Ibovespa em dólar 16% e o índice SmallCaps 14%.

  • Todos os setores performaram no campo negativo na semana passada, principalmente aqueles mais sensíveis ao movimento dos juros, com destaque para o setor de consumo, seguido pelas utilitiese materiais básicos. Nos movimentos individuais, as ações da Yduqs foram destaque negativo com queda de 11% na semana passada refletindo um corte de recomendação para Neutra de um grande banco, em seguida Azul e Hyperacompletaram o ranking.

  • O investidor estrangeiro virou um fluxo que estava praticamente zerado para um fluxo líquido vendedor totalizando R$ 825 milhões até o dia 29 de maio e acumula no ano um fluxo de venda de R$ 35 bilhões. Já o institucional, voltou a comprar na semana passada, mas ainda acumula R$ 3,2 bilhões em vendas no mês, mas no ano o saldo ainda é positivo com R$ 3 bilhões em fluxo comprador.

  • Nas commodities, o Petróleo Brent foi destaque positivo na semana passada recuperou um pouco as perdas no mês que acumularam 8%, já o Minério de Ferro, caiu perdendo um pouco da recuperação no mês, mas ainda é uma das commodities que mais caem com 13% de perdas no ano. As commodities agrícolas foram destaque de queda, principalmente o milho caindo 4% na semana passada.

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