Macroeconomia


Itaúsa | Revisão de Preços

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Matheus Amaral

Publicado 29/jul4 min de leitura

Uma longa estrada rumo à diversificação

Estamos atualizando nossa recomendação em Itaúsa, após alguns eventos que alteraram composição do portfólio da companhia como: o recebimento de ações da XP Inc. e compra de outras companhias, como Copagaz, Aegea e recentemente CCR. Além disso, incorporamos nossas estimativas de valuation para o Itaú Unibanco, principal veículo da holding e o instrumento dentre as investidas que realizamos estimativas de preço-alvo, sendo atualmente uma recomendação neutra com preço-alvo de R$ 31/ação FY22.

Desta forma, utilizamos o método de Net Asset Value para precificar a Itaúsa, considerando uma média histórica de desconto de 22% após o valor justo apurado dos investimentos e outros ativos e passivos. Com isso, reduzimos nosso preço-alvo da Itaúsa (ITSA4) para R$ 12 (anteriormente R$ 13) e alteramos nossa recomendação para Compra.

Nossa alteração para compra consiste na oportunidade que a companhia oferece em ganho de capital. Sua remuneração via proventos, já foi mais atrativa, mas ainda assim, considerando o dividend yield atual de 5,7%, é mais vantajosa para recebimento de proventos do que o Itaú.

Uma estratégia positiva no longo prazo. Apesar de ainda investir relevantemente no Itaú Unibanco e consequentemente no setor financeiro, a Itaúsa tem buscado uma menor dependência do setor financeiro e partindo para investimentos na economia real, com alvos voltados principalmente no setor de infraestrutura. Com Itaú e XP Inc. representando hoje cerca de 88% do portfólio, a holding ampliou aportes em companhias como Aegea, no setor de Saneamento, Copagaz, no setor de distribuição de Gás e, recentemente, adquiriu participação na CCR, companhia de infraestrutura em transportes e rodovias, mantendo ainda companhias como NTS, transportadora de gás natural e as veteranas Alpargatas e Duratex no setor de bens de consumo.

Em relação à recente venda do seu percentual referente a 2,14% do capital da XP Inc. para fazer caixa em função da aquisição de 14,86% do capital social da CCR, a holding manifestou que sua visão de longo prazo não inclui a XP Inc como estratégica, logo, ficando claro que no horizonte futuro pode continuar se desfazendo de sua participação para outras aquisições em prol da diversificação setorial dos investimentos da companhia, o que consideramos como positiva a posição em setores que tem apresentado maior performance versus o setor financeiro ao longo dos últimos anos.


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