Crescimento robusto em faturamento e sinistralidade alivia no rural, mas no auto ainda pressiona
/ O cenário macroeconômico tem mostrado uma forte atividade e redução do desemprego, que paralelamente beneficia o setor de segurador, principalmente em termos comerciais. No mês de setembro o setor faturou R$ 30,8 bilhões, um crescimento robusto de 24,3% a/a, mas desacelerando contra agosto, direcionado principalmente pelo segmento de seguros, que cresceu 27% em setembro, o que tem sido impulsionado por reajustes tanto inflacionários quanto de adequação a maiores custos com sinistros, como os casos observados nos ramos automotivo e rural no 1S22. No automotivo, o setor já parece estar praticando uma precificação das apólices condizentes a alta sinistralidade vivenciada por conta de altos custos com reposições de peças e de inflação nos preços dos automóveis, causado pelo choque de oferta no setor. Os dados da Anfavea mostram uma queda sazonal da produção de veículos na comparação mensal e ainda figura em patamar abaixo da média histórica. No rural, vimos safras prejudicadas pelas secas do ano passado ainda trazendo altos impactos em sinistralidade no 1S22, por isso a precificação neste segmento acabou também acompanhando o alto risco e também a precificação das commodities, por outro lado, a notícia boa é que a sinistralidade no setor continua caindo drasticamente em setembro/22.
/ Por fim, com a taxa de juros mantida em patamar elevado no mercado, as companhias têm reportado melhores resultados financeiros, não foi diferente em setembro, que vimos um desempenho positivo nesta linha de resultado das companhias.
/ A tendência para o 3T22 é positiva, dado o o crescimento de 21,8% a/a no faturamento do setor, e para o segmento segurador esperamos também um melhor resultado operacional vindo de uma redução da sinistralidade geral.
Cenário Macro
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Níveis de atividade corroboram para o um forte desempenho no setor. Produção de veículos desacelera e ainda abaixo da média.
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Expectativas de juros em níveis atuais devem continuar beneficiando o resultado financeiro no setor
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Panorama do Setor
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Forte desempenho comercial traz boa perspectiva para o 3T
/ Apesar da desaceleração observada e setembro, o setor continua com um forte desempenho comercial, atrelado ao desempenho da atividade econômica e direcionado pelo reajuste na precificação de apólices no setor de seguros, com destaques aos ramos automotivo e agro, além da recuperação em contribuições no segmento de acumulação e a manutenção da boa performance em capitalização. No acumulado do ano até setembro, o setor soma um faturamento total de R$ 257,2 bilhões, uma alta de 17,9% contra o mesmo período do ano anterior. Só o setor de seguros cresceu 21,7% a/a nos 9 primeiros meses de 2022, totalizando R$ 118,6 bilhões, seguido pelo setor de acumulação com R$ 117,6 bilhões (+14,4% 9M22 vs 9M21) e Capitalização com R$ 21 bilhões (+17,8% 9M22 vs 9M21).
/ No mês de setembro, o setor reportou faturamento de R$ 30.761 milhões, um forte crescimento de 24,3% a/a, desacelerando contra o mês de agosto. O bom desempenho continua impulsionado pelo ramo de seguros, que avançou 27% a/a em setembro totalizando R$ 14,5 bilhões e pelo ramo de previdência com as contribuições crescendo 21,1% totalizando R$ 13,6 bilhões no mês. O ramo de capitalização também não ficou para trás e acelerou seu robusto crescimento, totalizando R$ 2,7 bilhões e crescendo 27% a/a.
Ranking e distribuição demográfica de prêmios e sinistros – Setembro/22
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Seguros
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Prêmios com crescimento robusto e sinistralidade despenca no rural e mostra leve melhora no auto, que ainda pressiona
/ O setor Segurador faturou em prêmios emitidos um total de R$ 14,5 bilhões, crescendo 27% a/a em setembro, desacelerando frente ao mês de agosto, com destaques para os ramos auto (+42,1% a/a), rural (+35,6% a/a), Danos e outros (+24,8% a/a) e prestamista (+22,5% a/a). Atribuímos o crescimento aos reajustes que vem acompanhando o cenário inflacionário, mas também de maiores riscos observados nos casos dos ramos auto e rural, que viram a sinistralidade avançar ao longo do 1S22. Destacamos que no trimestre o setor mantém forte crescimento de 25,9% a/a totalizando R$ 43,9 bilhões em prêmios emitidos, sinalizando um forte 3Tri.
/ Os sinistros ocorridos totalizaram R$ 5,5 bilhões, apresentando uma alta de 11,4% a/a em setembro, devido principalmente ao maior nível de sinistros no ramo auto. A sinistralidade total registrou 44%, uma queda de 4 p.p. a/a beneficiados pelos ramos ligados a cobertura pessoal, que reportam níveis mais normalizados por conta do controle de óbitos por covid-19 e pela redução dos sinistros no ramo rural, mas por outro lado, o ramo auto registra ainda níveis elevados com taxa de 68%, melhora de 2 p.p. m/m.
Com maiores prêmios, menor sinistralidade e resultados financeiros crescentes, tendência é de 3Tri positivo
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Resultados por seguradoras – Top 15
/ Pelo fato da representatividade dos ramos automotivo e vida no setor de seguros, as companhias Top 15 acabam figuram em players que atuam nos respectivos setores, que possuem margens diferentes. Como podemos notar companhias mais atuantes em ramos como Vida possuem menor sinistralidade e consequentemente uma margem melhor.
/ Os resultados no mês de Setembro/22 vieram em grande parte melhores que Setembro/21 indicando melhores margens com a redução na sinistralidade das companhias e maiores prêmios. Por outro lado, companhias do ramo auto ainda mostram um resultado mais fraco com a sinistralidade ainda em níveis elevados.
Previdência
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Crescimento robusto em contribuições no acumulado do ano e setembro mantém o ritmo, mas desacelera
/ O setor de Acumulação (Previdência) registrou crescimento de 14,4% no acumulado de 2022 até setembro contra o mesmo período do ano passado. Em setembro as contribuições mostraram forte crescimento de 21,1% a/a registrando R$ 13.551 milhões, desacelerando frente a agosto. Deste total, os planos VGBL totalizaram R$ 12.387 milhões (+22,5% a/a), enquanto o PGBL totalizou R$ 881,9 milhões com alta de 10,1% a/a e os planos tradicionais registraram R$ 281,8 milhões com queda de 2% a/a.
/ O número de participantes totalizou 32.856 mil em setembro/22 com queda de - 0,1% a/a e estável m/m, já o número de beneficiários totalizou 139,9 mil representando 0,4% dos participantes.
Resultado financeiro beneficia resultados em setembro
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Contribuições por empresa e Portabilidade
/ Em termos de contribuições, os maiores players como Brasilprev, Caixa Vida e Prev. e Bradesco continuam liderando o segmento com maiores contribuições registradas em set/22 vs set/21.
/ Em termos de portabilidade, o que vemos é um movimento de líderes cedendo para novos players, caso do movimento de perda de valor cedido da Brasilprev, Bradesco Vida e Prev. e Icatu, que foram os players que mais cederam em portabilidade no mês de setembro/22 e na ponta recebedora, players como a XP Vida e Prev., Itaú Vida e Prev. e Icatu acabam na frente dos demais.
Capitalização
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Mantendo crescimento robusto em receitas
/ As receitas com capitalização totalizaram R$ 2.713 milhões em setembro/22, um crescimento de 27% a/a, acelerando bem frente a agosto/22. Já no acumulado do ano as receitas totalizam R$ 21.029 milhões, um crescimento de 17,8%.
/ Os resgates totalizaram R$ 1.723 em setembro, crescendo 5,9% a/a e em uma proporção de 63,5% sobre as receitas do mês, reduzindo frente ao mês passado e um pouco abaixo da média. Já os sorteios representaram 5% das receitas, em patamares normalizados.
Bom resultado no bimestre aponta para um 3Tri positivo
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Resultados Companhias
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BB Seguridade
Brasilseg | Menor sinistralidade e resultado financeiro trazem números positivos.
Porto Seguro
Consolidado (ex-saúde e outros) | Sinistros estabilizam e crescimento dos prêmios ajudam resultado
IRB Brasil RE
IRB Brasil RE | Sinistralidade ainda pressiona e prêmios mais fracos a/a pesam no resultado