Macroeconomia


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Gabriela Joubert

Publicado 13/jan

2022 fecha com saldo positivo e trilha caminho para 2023

Mesmo com a desaceleração esperada para 2022, depois do elevado patamar que vimos em 2021, quando da volta da pandemia, no total do ano vimos um recuo de apenas 2,5% nas expedições de caixas de papelão, fechando em 3.976.070 unidades. Quando observamos os números registrados nos últimos anos, o saldo de 2022 ficou acima dos níveis pré-pandemia, confirmando a tendência que vimos falando sobre substituição de plástico em embalagens, maior participação do e-commerce e a expansão das exportações de Alimentos e Bebidas, segmento de grande importância para o setor.

Na base trimestral, o volume de vendas teve recuo de 9,3% versus o 3T22, refletindo os impactos da Copa do Mundo e, obviamente, a sazonalidade do período de festas. Quando comparado com o 4T21, a queda foi mais modesta, de apenas 1,5%, o que vemos como positivo considerando que em 2021 não houve efeito do evento esportivo. Nesse sentido, apesar do recuo em dezembro de 9,0% m/m, entendemos que 2023 poderá ser mais um ano forte de vendas de caixas de papelão, beneficiando as companhias do segmento, especialmente Klabin e Irani. Ponto de atenção fica por conta da desaceleração global que se desenha no cenário, o que pode limitar, em partes, as exportações, e os custos de matéria-prima e inflação, que ainda podem pressionar as margens no segmento, mesmo que em menor nível que o visto em 2022. A reabertura da China, por outro lado, poderá funcionar como um trigger para o segmento, conforme a volta da mobilidade impulsiona a demanda por produtos agrícolas, alimentos e bebidas.


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