Macroeconomia


Global Markets | Especial ETFs Renda Fixa

GAbi Joubert perfil 2

Gabriela Joubert

Publicado 29/dez

O momento da Renda Fixa e as opções no exterior

Desde a metade do ano de 2022, bancos centrais das principais economias iniciaram o aperto monetário no combate à alta da inflação, que bateu recorde dos últimos 40 anos, e anunciaram aumentos expressivos em suas taxas de juros. Sendo assim, 2023 inicia como o ano da Renda Fixa, com investidores partindo em busca de títulos governamentais e corporativos, visando uma relação “risco versus retorno” mais satisfatória, especialmente em cenário de prêmios mais elevados para as ações.

Fonte: Refinitv Datastrem / Fathom Consulting

Aos investidores que buscam títulos de renda fixa no exterior com o intuito de diversificar o risco país de sua carteira, existem opções tanto via compra direta dos papeis ou via ETFs. Os Exchanged Traded Funds (ETF) são fundos de investimento passivos negociados em bolsa que geralmente replicam uma cesta de ativos ou um índice de mercado. Os ETFs já́ são bastante difundidos no exterior e costumam facilitar a vida do investidor na diversificação de carteira. Uma das principais gestoras de ETFs no mundo é a MSCI (Morgan Stanley Capital Internacional), possui cerca de US$ 931 bilhões em ativos sob gestão (AuM) – até outubro de 2020 – e é responsável por boa parte dos ETFs que estão sendo disponibilizadas na B3 via BDRs. (Saiba mais aqui).

O primeiro passo a ser entendido é a diferença entre as duas opções de investimento, sendo assim, destacamos as principais características dos ETFs de renda fixa em relação aos próprios títulos: i) Os ETFs não possuem vencimento, ii) mesmo em mercados ilíquidos, os ETFs possuem um bom nível de liquidez, pois são negociados em bolsa, iii) pagam renda mensal em sua maioria, e iv) são marcados a mercado. Posto isso, os ETFs possuem maior acessibilidade e potencial de diversificação, em relação à compra direta dos títulos, sendo uma opção mais viável e melhor para investidores em geral apesar dos riscos adicionais.

Assim como os ETFs de ações oferecem um alta diversificação entre uma gama de ativos, os ETFs de renda fixa também fazem isso, porém, com títulos de renda fixa. Dentro de um ETF de renda fixa é possível obter exposição global em ativos desde dívida especulativa de mercados emergentes a dívidas high grade de grandes economias. Sendo assim, a escolha para um ETF de renda fixa se assemelha em alguns princípios ao investimento em um ETF em renda variável com o nível de risco desejável, exposição geográfica, liquidez, moeda, e categoria*.

*Categorias:

i. Soberano: ETF direcionado a títulos de renda fixa por governos de nações soberanas (Hight Grade)

ii. Corporativo: voltados para títulos de empresas privadas;

iii. Mercado Amplo: ETFs que possuem exposição a dívida soberana e corporativa.

Nossas escolhas

Focando neste momento em ETFs mais voltados aos retornos de curto e médio prazo, em nossa carteira ETFs nossa exposição se consolida em três ativos do mercado de renda fixa. Para a exposição em títulos do tesouro americano, temos o BND (Vanguard Total Bond Market ETF) e o IEF (iShares 7-10 Year Treasury Bond ETF)que, em conjunto, possuem um alto nível de diversificação de títulos e de duration. Não deixando de lado a exposição em títulos privados, também incluímos na carteira recomendada o VCSH (Vanguard Short-Term Corporate Bond ETF), que replica a performance do Barclays Capital U.S. 1 - 5 years Corporate Bond Index, Índice de Bonds Corporativos do Barclays, e traz papéis de dívidas de empresas sólidas como Microsoft, Dell International, bem como grandes bancos como Bank of América, JP Morgan e Goldman Sachs.

Compilado dos principais ETFs de Renda Fixa no mundo

 

Fonte: etf.com

Compartilhe essa notícia

Receba nossas análises por e-mail