Na semana em que o mercado de criptomoedas manteve sua volatilidade característica, o Ethereum continua a ser o foco de atenção dos investidores e analistas. A VanEck, renomada gestora de ativos, divulgou um relatório detalhado sobre as perspectivas do Ethereum para 2030, apresentando cenários que variam de cautelosos a extremamente otimistas.

No cenário base, a VanEck projeta um preço de $22.000 para o ETH em 2030, representando um retorno total de 487% em relação ao preço atual. O cenário otimista aponta para um impressionante $154.000, enquanto o pessimista prevê $360. Essas projeções baseiam-se em fatores como a adoção do Ethereum em setores como finanças, marketing e inteligência artificial, além da evolução do ecossistema da rede.

Paralelamente, a expectativa para o lançamento dos ETFs de Ethereum nos EUA foi antecipada. Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg, informou que a data prevista agora é 2 de julho, com a SEC aparentemente acelerando o processo de revisão dos pedidos.

Esses acontecimentos da semana destacaram o crescente interesse institucional no Ethereum e seu potencial de longo prazo. A possível aprovação dos ETFs de Ethereum poderia abrir as portas para uma nova onda de investimentos, potencialmente impulsionando o preço e a adoção da criptomoeda.

O mercado de criptoativos teve mais uma semana desafiadora, com o Market Cap. totalizando US$ 2,33 trilhões, uma queda de 4,51% em relação à semana anterior. O TVL em DeFi também apresentou uma redução, fechando a semana em US$ 175,12 bilhões, uma baixa de 2,52%. A dominância do Bitcoin (BTC caiu levemente, mas segue lateral, fechando a semana em 53,90%.

Entre os principais criptoativos, BTC sofreu uma desvalorização de 4,97%, encerrando a semana em US$ 63.718,24. Ethereum teve uma variação menos acentuada, caindo 0,56% e fechando a US$ 3.493,63. As altcoins foram as mais impactadas, com Solana (SOL registrando uma queda de 11,40%, Avalanche (AVAX caindo 12,50% e Polkadot DOT apresentando uma desvalorização de 11,00%.

As memecoins também sofreram perdas significativas, com Dogecoin DOGE caindo 13,31% e Shiba Inu (SHIB registrando uma queda expressiva de 17,64%.

SEC encerra investigação sobre Ethereum, sinalizando que ether não é um valor mobiliário

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) encerrou uma investigação que buscava determinar se a criptomoeda ether, da rede Ethereum, poderia ser classificada como um valor mobiliário. Essa decisão, vista como uma mudança de posicionamento do regulador após a aprovação de ETFs de ether em maio, foi recebida com entusiasmo pelos investidores. O fim da investigação indica que a SEC não apresentará acusações alegando que as vendas de ether são transações de valores mobiliários, proporcionando maior clareza regulatória para o mercado de criptomoedas nos Estados Unidos.(link da notícia)

Polêmica entre Kraken e CertiK levanta dúvidas sobre ações de "hackers do bem" no mundo cripto

Uma controvérsia entre a exchange de criptomoedas Kraken e a empresa de segurança CertiK ganhou atenção depois que a CertiK alegou ter realizado uma ação de "hacker do bem" em contas específicas da Kraken, retirando quase US$ 3 milhões. A Kraken afirma que o valor total explorado não foi devolvido, enquanto a CertiK sustenta ter retornado todos os fundos. A comunidade cripto criticou a CertiK por mover os fundos através do serviço de mixagem de criptomoedas Tornado Cash, levantando questões sobre a ética e legalidade dessas ações.(link da notícia)

Polêmica envolvendo token supostamente ligado a Trump gera apostas milionárias

O token DJT, que alega ter conexões com Donald Trump e seu filho Barron, causou agitação na comunidade cripto após Martin Shkreli, conhecido como "Pharma Bro", afirmar que estava por trás da criação do token junto com Barron Trump. Essa revelação ocorreu após uma série de eventos, incluindo uma aposta de US$ 100 milhões entre Shkreli e o trader de criptomoedas GCR sobre a autenticidade do token, além de investigações conduzidas pelo detetive de blockchain ZachXBT. Apesar da polêmica, a campanha de Trump não se pronunciou oficialmente sobre o assunto até o momento. Enquanto isso, grandes detentores do token DJT e de outro projeto de Shkreli, o Shoggoth.ai, têm lucrado em meio ao drama. (link da notícia)

MicroStrategy amplia liderança como maior detentor corporativo de Bitcoin com compra de US$ 786 milhões

A MicroStrategy, empresa de software cofundada por Michael Saylor, um maximalista do Bitcoin, adquiriu mais US$ 786 milhões em Bitcoin, elevando seu estoque total para aproximadamente 226.331 BTC, avaliados em cerca de US$ 15 bilhões. A compra foi financiada pela venda de US$ 800 milhões em notas seniores conversíveis. Com essa aquisição, a MicroStrategy amplia sua liderança como o maior detentor institucional de Bitcoin, tendo adquirido suas moedas a um preço médio de US$ 36.800, um desconto significativo em relação à cotação atual de US$ 65.900. O desempenho da MicroStrategy tem sido fortemente atrelado ao Bitcoin, com a ação da empresa subindo 144% desde o início do ano, acompanhando a valorização da criptomoeda.(link da notícia)

• TVL (Total Value Locked): métrica que representa o valor total de ativos depositados e bloqueados em protocolos descentralizados de finanças (DeFi) e outros aplicativos baseados em blockchain.

• Halving: evento programado no protocolo do Bitcoin que reduz pela metade a recompensa de mineração a cada 210.000 blocos minerados, o que ocorre aproximadamente a cada 4 anos. O halving é um mecanismo deflacionário que controla a emissão de novos bitcoins e contribui para a escassez e valorização da criptomoeda a longo prazo.

• Altcoins: termo que engloba todas as criptomoedas e tokens alternativos ao Bitcoin. As altcoins abrangem uma ampla gama de projetos com diferentes propósitos, tecnologias e casos de uso, como Ethereum, Solana, Cardano, entre outras.

• DeFi (Decentralized Finance): ecossistema de aplicativos e protocolos financeiros construídos sobre redes blockchain, principalmente Ethereum, que buscam oferecer serviços financeiros de forma descentralizada. O DeFi engloba uma serviços como empréstimos, negociação de ativos, gestão de portfólio e seguros.

• LST (Liquid Staking Token): tokens que representam uma participação em staking na rede Ethereum. Quando um usuário faz staking de seus ETH, ele recebe tokens LST em troca, que podem ser usados em outros protocolos DeFi ou negociados no mercado secundário. Diferente do staking puro de Etereum, tokens LST permitem que os usuários usufruírem do valor e maior liquidez de seus ativos enquanto participam do staking e ajudam a proteger a rede Ethereum.

• Lending: é um serviço oferecido por protocolos descentralizados em blockchains públicas, como Ethereum, que permite aos usuários emprestar e tomar emprestado criptomoedas. Os usuários podem depositar suas criptomoedas nesses protocolos e ganhar juros, enquanto outros podem tomar esses fundos emprestados e pagar juros. O processo é facilitado por contratos inteligentes, que automatizam as transações e garantem a segurança dos fundos. Quando um usuário não consegue pagar seu empréstimo, o protocolo liquida automaticamente a dívida, vendendo as criptomoedas depositadas como garantia. A maioria dos empréstimos é super colateralizada, o que significa que os usuários precisam depositar um valor maior em criptomoedas do que o valor que desejam emprestar, reduzindo o risco de inadimplência.

• Memecoin: criptomoeda inspirada em memes da internet, geralmente criada como uma piada ou para fins de especulação. As memecoins geralmente têm pouco ou nenhum valor intrínseco ou utilidade prática, e seu valor é impulsionado principalmente pelo humor e pelo interesse da comunidade. Exemplos populares de memecoins incluem Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB).