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Gabriela Joubert

Publicado 07/jun2 min de leitura

ETFs de Bitcoin em alta

Na última quarta-feira (05), os ETFs de Bitcoin registraram uma entrada significativa de US$ 895 milhões, representando o segundo maior dia de entradas líquidas desde o lançamento dos fundos.

A BlackRock se destacou entre os principais emissores de ETFs de Bitcoin, ultrapassando o ETF da Grayscale em termos de participação de mercado. Atualmente, a BlackRock detém 296.545 bitcoins, avaliados em US$ 21,2 bilhões, o que representa 33,8% do mercado total de ETFs de Bitcoin. Além disso, o ETF da BlackRock estabeleceu um novo recorde ao atingir US$ 20 bilhões em custódia em 137 dias desde o seu lançamento, superando o recorde anterior do JPMorgan Equity Premium Income ETF, que levou 985 dias para alcançar a mesma marca. Esse feito destaca o elevado apetite ao risco global, levando à uma forte demanda dos investidores por exposição ao Bitcoin via ETFs, além, é claro, da confiança na gestão da BlackRock.

O ETF da Fidelity também se destacou, aumentando significativamente a quantidade de bitcoins sob custódia nas últimas quatro semanas. A Fidelity possui 174.903 bitcoins, avaliados em US$ 12,5 bilhões, correspondendo a 20% do mercado.

O gráfico abaixo de fluxo de entrada e saída de USD em ETFs de Bitcoin desde o lançamento desses fundos mostra os picos de entrada de capital em diversos momentos, destacando-se os ETFs da BlackRock, Fidelity e Grayscale. Podemos notar que desde maio o fluxo de saídas diminuiu, antes estava incentivado pela alta taxa no fundo da Grayscale que foi convertido em ETF.

Números de Mercado

O mercado de criptoativos manteve-se estável na semana, mas com destaque para o ecossistema da BNB e TON. O Market Cap. totalizando US$ 2,65 trilhões, um aumento de 3,51% em relação à semana anterior. O TVL em DeFi também apresentou um crescimento moderado, fechando a semana em US$ 193,45 bilhões, uma alta de 2,4%.

Entre os principais criptoativos, o BNB se destacou com uma valorização significativa de 17,75%, encerrando a semana em US$ 700,87. O TON também apresentou um desempenho notável, subindo 16,29% e fechando a US$ 7,49. O Bitcoin (BTC) teve uma variação positiva de 4,37%, encerrando a semana em US$ 71.302,88. Ethereum (ETH) e Solana (SOL) tiveram variações mais modestas, subindo 0,19% e 1,46%, respectivamente.

A dominância do Bitcoin manteve-se estável, fechando a semana em 52,66%, indicando que ainda não há um aumento significativo no apetite dos investidores por altcoins. Apesar da estabilidade na dominância do Bitcoin, o mercado de criptoativos demonstrou um desempenho positivo geral, com a maioria dos principais ativos registrando ganhos na semana.

No painel ao lado, é possível observar a variação semanal de preços dos 10 maiores criptoativos, excluindo as duas stablecoins que mantêm a cotação de 1:1 com o dólar, e incluindo a Avalanche, uma blockchain layer 1, e a Shiba Inu, uma memecoin que ganhou espaço no mercado durante o último bull market.

Notícias da Semana

ANCORD lança certificação para especialistas em criptoativos no Brasil

A Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (ANCORD) lançou, em junho de 2024, a primeira certificação para criptoativos do Brasil, em parceria com as empresas BlockTrends e Web3, e com o apoio da ABCripto. O programa, chamado Certificação Criptoativos ANCORD (CCA), tem como objetivo capacitar assessores de investimentos e profissionais do mercado financeiro, tornando-os especialistas no setor de ativos digitais. O curso, com duração de 47 horas, abrange tópicos como introdução aos criptoativos e blockchain, mercado na prática, regulação, tributação e aspectos legais, além da transformação do mercado de capitais. Após a conclusão do curso e a aprovação no exame administrado pela FGV, os participantes receberão o título de especialista em criptoativos e a Certificação Criptoativos ANCORD (CCA).(link da notícia)

Galaxy tokenizaviolino Stradivarius de 316 anos como garantia de empréstimo milionário

A Galaxy Digital, empresa do bilionário Michael Novogratz, concedeu um empréstimo multimilionário a Yat Siu, cofundador da Animoca Brands, utilizando como garantia um violino Stradivarius de 1708 que pertenceu à imperatriz Catarina, a Grande, da Rússia. O instrumento, avaliado em mais de US$ 9 milhões, foi tokenizado na forma de um NFT (token não fungível) e ficará sob custódia da Galaxy em Hong Kong, juntamente com o violino físico. (link da notícia)

Ações tokenizadasdistribuem dividendos pela primeira vez no Brasil

A Eletron Energia (ELEN4) depositará um total de R$ 549.981,27 aos acionistas, divididos em duas parcelas: uma no dia 14 de junho e outra em 12 de dezembro. A empresa não divulgou o valor exato por ação.

Já a Mais Mu (MUUU4) pagará um total de R$ 27.170,00 no dia 25 de junho, sendo R$ 0,0024 por cada ação ordinária e preferencial classe B e R$ 0,0027 por cada ação preferencial classe A. Esses papéis digitais são registrados em uma blockchain privada. O mercado de tokenização, apesar de relativamente novo no Brasil, já movimentou R$ 1 bilhão entre 2019 e o início de 2023, demonstrando o crescente interesse e adoção dessa tecnologia no país.(link da notícia)

Irmãos ex-alunos do MIT acusados de explorar MEV para obter US$ 25 milhões em criptomoedas na rede Ethereum

Dois irmãos, Anton e James Peraire-Bueno, ex-alunos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foram presos e acusados de conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Eles são suspeitos de ter explorado o MEV (Miner Extractable Value) na rede Ethereum, um fenômeno que permite aos participantes da rede obter lucros através da reordenação, inserção ou censura de transações. Embora o MEV não seja uma vulnerabilidade per se, os irmãos supostamente utilizaram técnicas avançadas para manipular as transações pendentes visando obter vantagens financeiras. O esquema, elaborado em abril de 2023, permitiu que os irmãos obtivessem US$ 25 milhões em criptomoedas em apenas 12 segundos, levantando questionamentos sobre a integridade do blockchain. Após a operação, os irmãos rejeitaram pedidos para devolver o dinheiro e iniciaram o processo de lavagem e ocultação das criptomoedas obtidas.(link da notícia)

Glossário

  • Altcoins: Termo que engloba todas as criptomoedas e tokens alternativos ao Bitcoin. As altcoins abrangem uma ampla gama de projetos com diferentes propósitos, tecnologias e casos de uso, como Ethereum, Solana, Cardano, entre outras;
  • DeFi (Decentralized Finance): Ecossistema de aplicativos e protocolos financeiros construídos sobre redes blockchain, principalmente Ethereum, que buscam oferecer serviços financeiros de forma descentralizada. O DeFiengloba serviços como empréstimos, negociação de ativos, gestão de portfólio e seguros;
  • Memecoin: Criptomoeda inspirada em memes da internet, geralmente criada como uma piada ou para fins de especulação. As memecoins geralmente têm pouco ou nenhum valor intrínseco ou utilidade prática, e seu valor é impulsionado principalmente pelo humor e pelo interesse da comunidade. Exemplos populares de memecoins incluem Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB);
  • TVL (Total Value Locked): Métrica que representa o valor total de ativos depositados e bloqueados em protocolos descentralizados de finanças (DeFi) e outros aplicativos baseados em blockchain.

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