Macroeconomia


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Gabriela Joubert

Publicado 05/fev

Balanços corporativos e PMIs globais no radar

As bolsas norte-americanas encerraram a semana próximas ao nível recorde, beneficiadas pelos balanços corporativos, em especial as Big Techs, apesar do rali nos juros. Aqui no Brasil, os dados fiscais e a preocupação com o Orçamento 2024 pesaram no Ibovespa, que recuou. Para esta semana, teremos PMIs globais e balanços e aqui no Brasil, a volta das atividades no Congresso Nacional, além de bateria de dados macro e genda agitada na temporada de balanços.

Estados Unidos

Fala de Powell no fim de semana dissipando a possibilidade de cortes de juros em março trouxe um pouco de mau-humor aos
mercados que amanhecem em leve queda hoje, com os juros subindo levemente. O presidente do FED afirmou que o Comitê precisa de sinais mais concretos de que a inflação esteja realmente convergindo à meta. No Corporativo, resultados seguem surpreendendo positivamente, mas radar da Bloomberg mostra que menção sobre demissões nos calls das empresas bateu maior nível desde a pandemia. Na agenda, mercado olha PMIs, além de mais balanços.

Mundo

Na Ásia, as bolsas fecharam mistas. Na China, o índice de Blue Chips subiu, enquanto demais recuaram, apesar de novas promessas de ajuda ao mercado de capitais pelo governo chinês. Os últimos dados macro mostram que o país segue com dificuldades para crescer e o FMI revisou para baixo sua expectativa de crescimento do PIB chinês para 4,6% este ano. No Japão, o Nikkei teve mais um dia de alta, seguindo os pares americanos e beneficiado pelo setor automotivo e yen mais fraco. Na Europa, bolsas subiam, mas reduziram ganhos com balanços corporativos acima do esperado sendo compensados por apostas de menos cortes de juros este ano na região. Papeis da indústria automotiva e alimentícia avançam bem, com números positivos na temporada. Mercado digere PMIs locais.

Brasil

Congresso Nacional retoma as atividades esta semana em meio às polêmicas com vetos e MP da Reoneração. As discussões quanto às contas governamentais reacendem receios sobre o cumprimento da meta de déficit zero para o ano. Na Bolsa, o investidor estrangeiro segue retirando capital neste início de ano, seguindo também a retomada dos juros norte-americanos. A semana por aqui será agitada, com IPCA, Ata do Copom, Serviços e Vendas ao Varejo no macro. Já no Corporativo, investidores olham resultados dos grandes bancos.

Abertura

Na abertura, o índice DXY sobe, enquanto juros das Treasuries têm leve avanço e futuros em Nova Iorque recuam. Petróleo está estável, com demanda global e ataques no Oriente Médio. Minério de ferro cai, com preocupações com o setor imobiliário chinês e estoques mais altos nos portos.

O que esperar?

Os mercados mistos lá fora e a alta dos juros das Treasuries podem drenar parte da liquidez local. Aqui, investidores lidam também com a agenda política e fica de olho nos balanços da temporada. Commodities em queda podem limitar alta do índice local.


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