Com o IPCA-15 abaixo do esperado, a bolsa brasileira encerrou a semana em tom positivo com ganhos de 1,04%, acompanhando também uma semana positiva em Wall Street com o PCE dentro do esperado e ações de tecnologia puxando os ganhos. Para a semana que inicia, mercado ficará com olhos voltados para a super quarta com decisão dos juros nos EUA e no Brasil e ouvidos atentos para a fala de Jerome Powell e sinais sobre os rumos da política monetária norte-americana. Além disso, dados de empregos por aqui e nos EUA e início da temporada de balanços no Brasil e resultados de gigantes da tecnologia nos EUA trazem uma semana agitada.

Estados Unidos

A segunda feira é marcada pela escalada dos conflitos no Oriente Médio, desta vez, ataques de drones na Jordânia, próximo à fronteira com a Síria mataram três soldados americanos e Biden afirmou que o país responderá aos ataques. Mercado aguarda decisão do Fed nesta quarta-feira e direcionamento com apostas de cortes para março reduzindo, após os últimos dados econômicos ainda mostrarem resiliência da atividade. Cinco das “Magnificent Seven” reportam balanços esta semana, com Alphabet e Microsoft na terça e Apple, Meta e Amazon na quinta-feira.

Mundo

Na Ásia o tom foi misto com Hang Seng e Nikkei em alta puxadas por ações de tecnologia, mas o Xangai Composto apresentou queda repercutindo o pedido de liquidação da Evergrande pela justiça de Hong Kong em mais um embate entre a companhia e credores. Além disso, ações do setor de semicondutores e hardware pesaram contra, após projeções negativas da Intel na sexta-feira. Bolsas na Europa abrem a semana em tom misto, sem maiores eventos e na expectativa de balanços do Santander, Deutsche Bank e Shell e também na expectativa de balanços das grandes companhias de tecnologia dos EUA. Para hoje, mercado europeu espera discurso de Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, após a autarquia manter os juros inalterados na semana passada.

Brasil

Por aqui, a semana será marcada pela temporada de balanços que se inicia na quarta-feira com o Santander, mas o evento principal será a decisão de juros na quarta-feira. Com o congresso em recesso, atenções ficam para os próximos passos acerca da MP da desoneração da folha de pagamentos, a segunda etapa da reforma tributária e novos detalhes sobre o programa Nova Indústria Brasil. Nos destaques corporativos, a Magalu anunciou aumento de capital de R$ 1,25 bi com participação da família Trajano e BTG.

Abertura

Na abertura, os juros das Treasuries caem e futuros de Nova York operam sem direção definida e índice DXY beira a estabilidade com agenda mais fraca hoje. Petróleo amplia ganhos da semana passada com novos ataques de milícias apoiadas pelo Irã à aliados no Oriente Médio.

O que esperar?

Com exterior misto e agenda mais fraca hoje, mercado local fica sem direção definida. Balanços no exterior podem movimentar mercados no exterior e a redução na curva americana pode jogar a favor e trazer algum tom positivo por aqui.