Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 31/07/24

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Gabriela Joubert

Publicado 31/jul

Microsoft desaponta e hoje foco é na Super Quarta

Super quarta traz decisão do FOMC e Copom, ambas com expectativas de manutenção. Nos EUA, mercado monitora também resultados das Mag7, após decepção com Microsoft ontem. Aqui, investidores digerem detalhes do plano de contingenciamento do governo e fiscal ainda é o principal ponto de atenção.

Estados Unidos:
Futuros avançam nesta manhã, após a performance mista de ontem, com mercados focados nos resultados das Mag7, além de números do setor de energia, bancos e aéreas. Ontem, a Microsoft decepcionou ao reportar números abaixo do esperado no seu segmento de nuvem, além de projetar crescimento menor que o consenso para a Azure e aumento do Capex, métrica que vem sendo questionada em razão da cobrança por monetização dos investimentos em AI. Hoje, mercado aguarda resultados da Meta, além de Amazon e Apple ao longo da semana. No campo macro, teremos decisão do FOMC, na qual se espera manutenção dos juros, e fala de Powell, cuja expectativa é de que traga a mensagem de um corte em setembro, em virtude dos recentes dados macroeconômicos que apontam para uma desaceleração da atividade e do mercado de trabalho.

Mundo:
Na Ásia, as bolsas tiveram forte alta nesta madrugada depois que o BoJ elevou os juros de 0,1% para 0,25%, o Nikkei subiu 1,5%, com destaque ao setor financeiro que fechou em alta de mais de 5%. Iene também avançou perante o dólar. Na China, as bolsas também avançaram, apesar dos dados do PMI Manufatura terem vindo em 49,4 pts em julho, terceiro mês consecutivo em nível contracionista, mostrando que a atividade segue com dificuldades de ganhar tração. Na Europa, as bolsas avançam, puxadas por papéis como ASML que sobe mais de 11%, após concessões do governo Biden sobre exportações de componentes à China para alguns aliados asiáticos e europeus. Por outro lado, a inflação na zona do euro surpreendeu ao avançar 2,6% a/a, contra expectativa de 2,4%. Os números podem dificultar a decisão do BCE em cortar os juros em setembro.

Brasil:
Ibovespa encerrou ontem em queda de 0,64%, pressionado pelas exportadoras que recuaram em bloco, refletindo a queda das commodities nos mercados internacionais. O foco de ontem ficou por conta do detalhamento do plano de contingenciamento de R$ 15 bi do governo que, conforme anunciado, deve mirar nos gastos do Ministério da Saúde, no PAC e emendas parlamentares. Agora, investidores focam na reunião do Copom que anuncia hoje a decisão para a Selic e que deve manter os juros no atual patamar. Com a elevação das incertezas locais, alguns agentes passam a apostar em um aumento de juros ainda este ano. Seguimos com projeção de Selic em 10,5% até o fim do ano. Temos também hoje taxa de desemprego e Pnad.

Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, enquanto futuros em Wall Street avançam, antes do FOMC, e juros das Treasuries têm leve recuo. Bitcoin e demais criptoativos cedem levemente. Petróleo avança, recuperando parte das perdas, com novas tensões entre produtores. Demais commodities operam mistas.

O que esperar?
Mercado externo em tom positivo pode ajudar a bolsa brasileira que fica de olho tanto na decisão do FOMC quanto na do Copom. As commodities mistas podem ajudar na recuperação das exportadoras, principalmente as petroleiras. Fiscal segue como principal ponto de atenção.


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