Decisões de BCs e fala de Lula no radar
A semana inicia com alívio nos mercados globais, com juros dando trégua enquanto investidores aguardam decisões de bancos centrais em todos os continentes. Teremos FOMC que deve manter os juros inalterados e o Copom que deve trazer mais um corte de 0,5 p.p. na Selic. Além disso, haverá divulgação do BoJ e do BoE ao longo da semana. Aqui, mercado digere falas de Lula sobre não-cumprimento da meta fiscal e balanços corporativos.
Estados Unidos
Futuros em Wall Street avançam nesta manhã, em semana que inicia branda, com investidores aguardando decisão do FED que deve anunciar manutenção nos juros por lá. Entretanto, mercado estará atento ao comunicado para sinais sobre a decisão de dezembro, principalmente depois dos dados de atividade surpreendendo positivamente, com PIB avançando quase 5% no 3T23. Temporada de balanços traz, dentre outros, os números da Apple.
Resto do Mundo
Na Ásia, o alívio nos juros e na aversão ao risco global ajudaram as bolsas chinesas, que também subiram refletindo mais estímulos do governo. No fim de semana, diversas empresas anunciaram programa de recompra de ações para estimular o mercado de capitais. Entretanto, setor de bancos recuou, com margens espremidas, assim como Real Estate, por conta do risco de liquidação da Evergrande. No Japão, bolsa fechou em queda, enquanto aguardam decisão do BC na semana. Já na Europa, com juros dos bonds arrefecendo e dados de inflação mais animadores na região, em especial na Alemanha e Espanha, as bolsas hoje avançam. Setor de saúde é destaque, puxado pelas ações da Novo Nordisk.
Brasil
A fala do presidente Lula que o governo não deve cumprir o deficit primário deve refletir nos mercados hoje, mesmo com tentativa da Fazenda para aliviar estes efeitos dizendo que governo deve perseguir o deficit zero. O PL das Offshore e a tributação dos fundos exclusivos, além do PL das subvenções, seriam pontos importantes para o atingimento. A declaração gerou desconforto e trouxe ao radar novamente o risco fiscal em semana de decisão do COPOM, que deve trazer novo corte de 0,5 p.p. na Selic, sem previsão de acelerar o ritmo nas reuniões seguintes.
Abertura
Na abertura, o índice DXY está estável, assim como os juros das Treasuries, enquanto futuros em Noa Iorque avançam. Petróleo cai antes de decisões dos BCs e de olho no Oriente Médio. Minério de ferro segue na máxima de 7 meses com estímulos na China e demanda sólida, apesar de Evergrande.
O que esperar
Apesar do bom humor lá fora e da alta das commodities, a bolsa local pode sentir os efeitos negativos da fala de Lula sobre o fiscal, que deve impactar principalmente as empresas voltadas ao mercado interno. Hoje setor de Alimento divulga balanços pós fechamento e teremos diversos resultados ao longo da semana.
Dados de mercado
- Ibovespa (Fec): -1,22%
- SP500 (Fec): -0,48%
- Dow Jones (Fec): -1,12%
- Nasdaq (Fec): +0,38%
- Nikkei (Fec): -0,95%
- SSEC (Fec): +0,12%
- CSI (Fec): +0,60%
- FTSE (Abe): +0,80%
- DAX (Abe): +0,56%
- CAC (Abe): +0,69%
- Dólar: R$ 5,01
- BTC (Abe): US$ 34.527
Agenda do dia
- Brasil: IGP-M
- Brasil: Focus
- Brasil: Caged
- China: PMI
- Japão: decisão BoJ
Ótima segunda-feira!
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