Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 29/07/24

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Gabriela Joubert

Publicado 29/jul

*Bolsas sobem em semana de decisões de BCs*

Após encerrar a semana em queda, pressionados pelo recuo dos papeis de tecnologia, a semana começa em tom positivo, com investidores atentos às decisões dos Bancos Centrais globais, com Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Japão se reunindo ao longo da semana. Temporada de balanços também deve ditar o tom, tanto lá fora quanto aqui.

*Estados Unidos:*
Os dados macroeconômicos na semana passada, como PIB e inflação (com o PCE), deram novo ânimo aos ativos norte-americanos, com investidores elevando as apostas de corte de juros pelo FED em breve. Esta semana, teremos decisão do FOMC na quarta-feira e apesar do mercado esperar novamente manutenção dos juros, existe a expectativa de que a instituição confirme a possibilidade de algum corte em setembro. Os juros das Treasuries mantêm a tendência de queda da sexta-feira e recuam nesta manhã. No campo corporativo, teremos resultados importantes do setor de tecnologia, com Apple, Microsoft e Amazon divulgando balanços.

*Mundo:*
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, seguindo a melhora do humor em Wall Street na sexta, mas vimos certa cautela nos mercados, enquanto investidores aguardam decisão dos Bancos Centrais na semana, com destaque para o Japão, onde o BC deve trazer algum aumento nos juros. Na China, o lucro industrial mostrou recuperação, com alta de 3,6% a/a, com aumento da produção industrial e PPI mais baixo que o esperado. Na Europa, o foco está na decisão do BoE esta semana, com 50% do mercado apostando em um corte já em agosto, o primeiro desde a pandemia, precificando uma redução de 50 pb até o fim do ano. Alguns dados macroeconômicos importantes, como inflação, PIB e PMIs, devem contribuir para a decisão do BCE ao longo do ano.

*Brasil:*
A melhora no humor global na sexta-feira contribuiu para que o Ibovespa devolvesse parte das quedas da semana e encerrasse praticamente estável no saldo acumulado, em 127.492 pontos. O dólar encerrou em R$ 5,66. Os papéis da Vale foram a melhor contribuição positiva, levado pelo forte balanço divulgado, seguidos pelo setor de frigoríficos, com destaque à JBS. Na ponta negativa, a Usiminas recuou mais de 20%, após balanço muito aquém do esperado. Semana tem agenda cheia, com dados do setor público e balança comercial hoje, IGP-M na terça, decisão do COPOM na super quarta e dados de produção industrial e do setor automotivo na sexta. No corporativo, teremos produção e vendas da Petrobras hoje e balanços da Telefonica, CCR, WEG, Gerdau e outras. Nas Olimpiadas, Brasil conquista medalhas no judô e no skate no fim de semana.

*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, enquanto futuros em Wall Street ensaiam alta e os juros das Treasuries recuam, de olho na agenda corporativa e na decisão do FOMC na quarta. Petróleo cai, enquanto as commodities metálicas estão mistas. Bitcoin avança 2,39%, com sinalização positiva de Trump para um segundo governo.

*O que esperar?*
Mercado local fica de olho na agenda robusta de indicadores tanto pelo lado macro como pelo lado corporativo, com a temporada de balanços ganhando tração. Investidores olham também o plano detalhado sobre o plano de contingência de R$ 15 bi a ser anunciado pelo governo amanhã. Decisão do Copom e FOMC também nos holofotes.


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