Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 29/04/24

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Gabriela Joubert

Publicado 29/abr

*FED é destaque em semana com dados macro e balanços corporativos*

Seguindo o otimismo da semana passada, mercados estão em alta nesta segunda-feira, com destaque para a bolsa de Hong-Kong que flerta com um bull market. No radar, a decisão do FOMC e fala de Powell, com mercados atentos ao rumo dos juros norte-americanos. Na agenda corporativa, balanços de Apple e Amazon lá fora e aqui Bradesco e Santander.

*Estados Unidos:*
As bolsas encerraram a semana em alta, beneficiadas pelos resultados das Mega Caps Microsoft e Alphabet que surpreenderam o consenso e chegaram a avançar 2% e 10%, respectivamente. Para esta semana, mercado aguarda decisão de juros pelo FED na quarta e as discussões sobre momento e ritmo de cortes devem aumentar. Investidores apostam em manutenção, mas esperam Jay Powell com um discurso mais hawkish, considerando os dados recentes de inflação e mercado de trabalho. Futuros estão em alta, em meio ao alívio nos juros das Treasuries. Papéis da Tesla avançam cerca de 6% refletindo visita de Elon Musk à China e alguns avanços quanto a parcerias e requerimentos para comercialização de seus veículos no país. Na sexta, mercado recebe payroll, mas antes ainda teremos dados de mercado de trabalho e resultados da Apple e da Amazon.

*Mundo:*
Na Ásia, as bolsas encerraram em sua maioria em terreno positivo, com fortes ganhos na China, mas com destaque para a bolsa de Hong Kong que flerta com um bull market, acumulando alta de 20% agora. A narrativa se ancora nos valuations descontados, resultados corporativos melhores que o esperado e suporte estatal no mercado de capitais chinês, o que tem favorecido mais IPOs na bolsa local. Elon Musk se encontra com o premier Li Qiang. No Japão, o iene segue pressionado pela postura mais dovish do BoJ e chegou à mínima desde 1990. Na Europa, os índices estão estáveis, de olho na temporada de balanços, enquanto aguardam dados macro, com inflação da Zona do Euro saindo amanhã, após números individuais dos países melhores que o esperado hoje.

*Brasil:*
Impulsionada pelo otimismo global, a bolsa brasileira avançou na sexta-feira e encerrou a semana em alta de 1,12%, beneficiada pelo avanço das blue chips, em especial Petrobras, Vale e Itau. O dólar também recuou, indo para R$ 5,12. Ajudou também os dados de IPCA melhores que o esperado. No entanto, as revisões quanto ao futuro dos juros norte-americanos e o aumento da desconfiança com o fiscal têm elevado as apostas de uma Selic terminal ainda em dois dígitos ao final deste ano mesmo com o processo desinflacionário. Alteramos na semana passada nossas projeções para uma Selic em 9,25% agora em 2024, ressaltando os receios quanto ao fiscal e a maior aversão ao risco no cenário externo. No campo político, o feriado de quarta reduz a agenda do Congresso, mas ainda teremos no foco a votação no Senado dos projetos que tratam do Perse e o que libera R$ 15 bi para o Executivo.

*Abertura:*
Na abertura, os futuros estão em leve alta em Wall Street e os juros arrefecem lentamente, enquanto o índice DXY recua. Petróleo avança com resultados corporativos no radar e revisão de projeções de demanda global.

*O que esperar?*
A agenda externa e interna está agitada esta semana, apesar do feriado no Brasil na quarta-feira. Mercados devem manter o tom positivo, enquanto aguardam decisão do FOMC e comentário de Powell também na quarta-feira. Na agenda de balanços, teremos Bradesco e Santander na semana.

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