Acompanhando os pares externos, o Ibovespa encerrou o último pregão em queda de 2,1%. Petrobras derrubou o índice com perdas de 5,2% após divulgar baixa na produção e exportação de petróleo e a espera de reunião para discutir nova política de dividendos da companhia que acontece hoje. Vale também pressionou o Ibov com recuo do preço do minério de ferro. Assaí foi maior alta da bolsa após divulgar resultados do 2T23. Ainda no cenário interno, atenções se voltaram para indicação de Marcio Pochmann para presidência do IBGE, nome bastante criticado por algumas declarações públicas. Em Wall Street, bolsas encerraram em queda com notícia de que o Banco do Japão permitirá que as taxas de juros de longo prazo subam, indicando mudança na política de controle da curva de juros do país. Dow Jones finalmente quebrou sequência de treze altas consecutivas e finalizou no vermelho. Ações da Meta subiram repercutindo resultados acima do esperado pelo consenso. O dólar fechou o dia em alta de 0,7% enquanto o índice DXY avançou 0,8%. Para hoje, na agenda doméstica teremos IGP-M e taxa de desemprego, enquanto lá fora, será divulgado deflator PCE nos EUA.

Estados Unidos
Os futuros em Nova York apontam para uma leve alta, enquanto investidores aguardam dados do deflator da inflação e também acompanham a divulgação de resultados de companhias como Chevron, Exxonmobil e P&G. No destaque corporativo, ações da Intel saltam 6% após companhia divulgar lucro inesperado e reforçar que o pior já passou para a companhia dando previsões otimistas nas vendas para o segundo semestre. Também repercute a flexibilização dos juros pelo banco central japonês, que elevou as taxas dos títulos de 10 anos para o maior nível desde 2014, o que sugere que o Japão possa estar iniciando uma normalização da política monetária e vale ressaltar que os maiores detentores estrangeiros da dívida americana são os japoneses.

Europa e Ásia
Mercados asiáticos encerraram em tom misto com o Nikkei e o iene caindo após o banco central japonês flexibilizar a política de controle dos juros dos bônus do governo japonês. Por outro lado, os índices chineses fecharam o pregão em alta com novas sinalizações de estímulos no mercado imobiliário no país, após o ministro da Habitação chinês defender taxas de entrada e hipotecas mais baixas para o consumidor. Bolsas na Europa operam em queda após dados econômicos na zona do euro mistos, com o PIB da Alemanha desapontando expectativas, enquanto França e Espanha foram mais resilientes. No cenário corporativo, balanços de AstraZeneca, Clariant e Hermes ficam no radar.

Brasil
Por aqui, enquanto o mercado aguarda dados do IGP-M e taxa de desemprego, o destaque fica para a Vale que reportou resultados pressionados pelos custos elevados e vendeu 13% da sua operação de metais básicos. No cenário político, repercute o imbróglio no governo com a recomendação do economista Marcio Pochmann para a presidência do IBGE, enquanto Simone Tebet, dona da pasta do IBGE no Ministério do Planejamento não tinha conhecimento da indicação e algumas declarações do indicado colocam em xeque a credibilidade da instituição.

Abertura
Na abertura, o índice DXY opera em alta e os juros das Treasuries e os futuros de Nova York acompanham o movimento. O petróleo apresenta leve baixa com fortalecimento do dólar, mas tende a encerrar com ganhos pela quinta semana consecutiva.

O que esperar
Com mercados globais em tom misto e uma série de indicadores econômicos aqui e lá fora, mercado doméstico pode ser pressionado pela Vale e dados internos.

Dados de mercado

- Ibovespa (Fec): -2,10%
- SP500 (Fec): -0,64%
- Dow Jones (Fec): -0,67%
- Nasdaq (Fec): -0,55%
- Nikkei (Fec): -0,47%
- SSEC (Fec): 1,84%
- CSI (Fec): 0,90%
- FTSE (Abe): 0,06%
- DAX (Abe): -0,12%
- CAC (Abe): -0,25%
- Dólar: R$ 4,76
- BTC (Abe): US$ 29.211

Agenda do dia

- 8:30 | IGP-M (Jul)
- 9:00 | Taxa de desemprego
- 9:30 | Deflator PCE
- 14:30 | Balanço Orçamentário do Governo

Ótima sexta-feira! 

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