EUA vs China e no meio, AI
Divergindo dos pares externos, o Ibovespa encerrou o último pregão em queda de 0,61%. O índice foi pressionado em dia de ajuste apesar de Ata do COPOM mais dovish sinalizando a possibilidade do início dos cortes de juros na reunião de agosto. Já o IPCA-15 de junho veio levemente acima da expectativa do mercado. Papéis da Petrobras recuaram com queda forte no preço do barril de petróleo. No lado positivo, destaque de alta vai para Vale que teve ganhos com valorização do minério de ferro apoiado em expectativas de estímulos e maior atividade econômica na China. Em Wall Street, bolsas encerraram no azul com avanço das ações de tecnologia e repercutindo indicadores de atividade nos EUA que vieram acima do esperado. O dólar fechou o dia em alta de 0,7%, enquanto o índice dólar (DXY) recuou 0,2%. Para hoje, na agenda doméstica teremos Estatísticas de crédito de maio, enquanto lá fora, foco se volta para discurso de Powell, Presidente do Fed.
Estados Unidos
Dados mais fortes que o esperado de Sentimento do consumidor, que avançou para máxima em 17 meses, Real Estate, com vendas de Novas Casas subindo 12,2% a/a, e Pedidos de Bens de capital retomando, yields das Treasuries voltaram a subir, em meio a receios de novos aumentos nos juros norte-americanos, uma vez que a economia segue resiliente. Hoje, futuros recuam pressionados por novas restrições do governo americano sobre exportações de chips de AI para a China. Ações da Nvidia recuam mais de 3% no pré. Mercados acompanham hoje também fala de Powell.
Europa e Ásia
Bolsas asiáticas tiveram dia misto. Por um lado, lucros industriais na China recuaram 18,8% em 2023, resultado de uma demanda ainda fraca e pressão nas margens, o que reforçou as apostas de mais estímulos, mas pressionou as bolsas chinesas. Por outro, a alta dos papéis de tecnologia deu novo impulso ao Nikkei que avançou 2%, indo acima dos 33 mil pontos. Na Europa, mercados estão mais animados após dados mais fortes da economia norte-americana e enquanto aguardam fala de presidentes de BCs em evento que acontece ao longo do dia e que deve reforçar o tom mais hawkish de Lagarde, presidente do BCE, sobre inflacao persistente e politica monetária restritiva, no início da semana.
Brasil
A Ata do Copom ontem confirmou o tom mais ameno e elevou as apostas de corte na Selic já em agosto. Mercado aguarda decisão do CMN sobre meta de inflação amanhã, enquanto mantém os olhos atentos às discussões sobre avanço (ou não) da reforma tributária. Governo anunciou Plano Safra 2023-24 no valor de R$ 364 bi para financiamento de médios e grandes produtores e hoje deve anunciar o Plano Safra Agricultura Familiar, para pequenos produtores.
Abertura
Na abertura, vemos o DXY subir, enquanto futuros recuam e juros das Treasuries avançam. Petróleo sobe com queda dos estoques nos EUA. Minério de ferro também avança, mesmo com dados fracos de China, e cobre recua.
O que esperar
Exterior está indefinido nesta manhã, mas as commodities em alta podem ajudar o Ibovespa, mesmo com dados mais fracos de China. Aqui, mercado ficará também de olho nas falas de presidentes de BCs em evento em Portugal hoje.
Dados de mercado
- Ibovespa (Fec): -0,61%
- SP500 (Fec): +1,15%
- Dow Jones (Fec): +0,63%
- Nasdaq (Fec): +1,65%
- Nikkei (Fec): +2,02%
- SSEC (Fec): -0,00%
- CSI (Fec): -0,12%
- FTSE (Abe): +0,68%
- DAX (Abe): +0,87%
- CAC (Abe): +0,95%
- Dólar: R$ 4,79
- BTC (Abe): US$ 30.334
Agenda do dia
- 08:30 | Estatísticas de crédito (Mai)
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