Macroeconomia


Bom dia, Inter! 28/06/2024

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Matheus Amaral

Publicado 28/jun

*Debate repercute mal para Biden, futuros em NY nas máximas e PCE no radar.*

Mercados no exterior permaneceram em campo positivo após dados do PIB norte-americano mostrarem desaceleração. Investidores permaneceram cautelosos à espera do PCE a ser divulgado hoje. Por aqui tivemos forte alta com diversos destaques corporativos positivos, principalmente a Suzano que avançou 12% após desistência de compra da International Paper. Repercute hoje o debate entre os presidenciáveis Joe Biden e Donald Trump, onde as percepções sobre a fragilidade de Biden aumentaram. No radar, ficam o PCE, alguns “Fed talks” e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan e por aqui, falas de Campos Neto e Galípolo e dados de desemprego são destaques.

*Estados Unidos*
Bolsas em Wall Street encerraram em leve alta após dados do PIB norte-americano que mesmo acima do esperado mostrou desaceleração, reafirmando sinais de desaceleração e esperanças para o Fed iniciar os cortes de juros em setembro. A queda na curva de juros ontem contribuiu para grandes companhias de tecnologia e ajudou o mercado a se firmar no campo positivo. Destaque da noite de ontem foi o primeiro debate para as eleições americanas em novembro, onde os espectadores em pesquisa da CNN elegeram Trump como o vencedor do debate, com 67% dos votos. A repercussão geral foi de fragilidade do presidente Joe Biden, enquanto o debate foi marcado pela troca de ataques pessoais entre os candidatos. Para hoje mercados ficam de olho no índice de preços de gastos de consumo, o PCE, onde é esperada uma estabilidade em maio na comparação mensal. Além disso, algumas falas de dirigentes do Fed e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan estão no radar.

*Mundo*
Mercados asiáticos encerraram o pregão em alta, se recuperando das perdas de ontem e na expectativa de dados de inflação nos EUA. Na China, o setor de telecomunicações foi o principal vetor para a alta, enquanto no Japão exportadoras se beneficiaram da alta do dólar e o financeiro também ajudou a impulsionar o índice Nikkei. Na Europa, mercados abrem em alta, exceto na França que ainda é penalizada com incertezas políticas. Bancos e petroleiras tem maior força nesta manhã. Investidores aguardam a divulgação do PCE americano e repercutem o PIB do primeiro trimestre do Reino Unido, que avançou 0,3% na comparação anual, acima do esperado de 0,2%.

*Brasil*
O Ibovespa teve uma sessão de forte alta ontem em um dia onde falas de Lula deram um leve aceno para o corte de gastos, mesmo que limitado. A sessão foi marcada por diversas notícias positivas no cenário corporativo, primeiro com a alta de 12% das ações da Suzano, que desistiu da compra da International Paper, depois com a Petrobras acompanhando o movimento do petróleo e recomendação de compra por um grande banco de investimentos. Além disso, a Equatorial também teve forte avanço, após ser a única a fazer uma oferta pela Sabesp. O Grupo Pão de Açúcar também performou bem com a venda de 71 postos de gasolina continuando o processo de desalavancagem. A Fitch Ratings reafirmou o rating do Brasil em BB com perspectiva estável. No radar do investidor ficam: falas de Campos Neto e Galípolo em eventos distintos e dados de desemprego.

*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera em leve alta, enquanto futuros em Wall Street avançam após debate e os juros das Treasuries sobem levemente, enquanto investidores aguardam dados do PCE. O petróleo avança com tensões no Oriente Médio. O Minério de Ferro futuro corrige dos ganhos de ontem e cai nesta manhã.

*O que esperar*
Apesar da alta nos futuros em Nova York após a repercussão do debate, mercado vai aguardar o PCE para estender os movimentos ou manter a cautela, a depender do dado. Por aqui, petróleo em alta pode continuar beneficiando os papéis da Petro, mas futuros do minério de ferro podem compensar, e claro, o PCE pode ditar o tom por aqui também.Cadastre-se para receber nossos relatórios: https://interinvest.inter.co/ (editado)


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