Macroeconomia


Bom dia, Inter! 28/03/2024

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Gabriela Joubert

Publicado 28/mar

PIB americano e RTI no radar, antes de PCE no feriado

No último pregão da semana, mercados olham lá fora PIB dos Estados Unidos, antes do PCE amanhã e aqui o RTI, além da Pnad. Mercados vêm refletindo o otimismo com início de corte de juros pelo FED, mas sinalização de um dos membros da instituição sobre não haver pressa para cortes, esfriou um pouco os ânimos nesta manhã. Os juros das Treasuries voltaram a subir, mas bolsas operam em campo positivo, majoritariamente. Bitcoin continua acima de 70 mil pontos e já acumula alta de 65% no ano.

Estados Unidos

Os índices encerraram em alta ontem, seguido pela queda dos juros das TReasuries, conforme investidores incorporam a narrativa de que o FED está pronto para iniciar o corte de juros em junho. Ontem, o Dow foi destaque de alta e o S&P 500 bateu novo recorde, desta vez elevado pelas ações da farmacêutica Merck, que subiram 5%, depois que uma droga para tratamento de doenças pulmonares foi aprovada pela FDA. Hoje, futuros estão sem força e juros das Treasuries sobem, após fala de Christopher Waller, membro do FED, dizendo que não há pressa para cortes nos juros. Investidores agora ficam de olho na 4ª leitura do PIB e em dados de mercado de trabalho, antes do PCE amanhã, medida favorita de inflação do FED.

Mundo

Na Ásia, as bolsas chinesas avançaram, com entrada de capital estrangeiro, principalmente nos setores de tecnologia. A crise imobiliária ainda pesa, com balanços dos bancos pressionados, mas incentivos do governo a outros setores têm contribuído positivamente para os índices locais. No Japão, o Nikkei recuou e investidores olham recordes do índice com receio. Na Europa, as bolsas sobem, seguindo a alta de ontem, depois que o BCE afirmou estar confiante com a trajetória de queda da inflação, convergindo à meta de 2% atéa metade do próximo ano. A afirmação elevou as apostas de cortes nos juros e os mercados responderam. Aliás, as ações europeias seguem em tendência de alta há quase um ano, após um longo período de fuga de capital. A economia local segue fragilizada, mas as apostas de início de flexibilização da política monetária elevam otimismo.

Brasil

A bolsa brasileira fechou em alta de 0,65%, primeiro dia em alta na semana, espelhando melhor otimismo no exterior e recuperação dos papéis da Vale, Petrobras e Itau. Na contramão, pesou a queda dos papeis da JBS, após resultados e indicação dos irmãos Batista ao conselho da empresa. O dólar ficou em R$ 4,98. O Caged mostrou criação de cerca de 300 mil novas vagas, ficando acima das expectativas e avançando ante o mês anterior. No campo político, Haddad sinaliza novamente que deve enviar proposta para regulamentar a Reforma Tributária. Líder do governo apresentou projeto sobre o Perse, propondo cortar de 30 para 12 atividades autorizadas a ter acesso ao programa. Hoje, mercado monitora Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e Pnad.

Abertura

Na abertura, o índice DXY sobe, futuros em Wall Street estão sem tração e os juros das Treasuries avançam novamente. Petróleo sobe, com revisão dos estoques norte-americanos. Minério de ferro tem leve recuo. 

O que esperar?

A bolsa local fica de olho no relatório de inflação e Pnad aqui, enquanto monitora também cenário político com Perse. Mas, a leitura do PIB nos Estados Unidos e alta das Treasuries podem pesar um pouco. Petróleo em alta pode ajudar a impulsionar os papéis da Petrobras e demais empresas do setor.


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