Macroeconomia


Bom dia, Inter! 27/06/2024

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Matheus Amaral

Publicado 27/jun

*Dólar forte no mundo é destaque. No radar: PIB dos EUA, Campos Neto e Caged.*

Em um dia com o dólar forte pelo mundo todo, o Ibovespa conseguiu fechar em leve alta, com o IPCA-15 vindo abaixo do esperado, mas na outra ponta o mercado avaliou novamente falas de Lula sobre o fiscal e juros. No mundo, a curva de juros pressionou com falas de dirigentes do Fed mencionando que as taxas só devem cair no ano que vem. Mas ainda assim, em meio a um dia volátil, as bolsas em Wall Street fecharam no campo positivo. Mercados amanhecem de olho nos dados do PIB norte americano, além das encomendas de bens duráveis e vendas pendentes de imóveis. Por aqui, divulgação do RTI do Bacen seguido de coletiva de Campos Neto é destaque, além de dados do Caged de maio.

*Estados Unidos*
Bolsas em Wall Street encerraram o último pregão em leve alta, mas em meio a um mercado volátil, pressionado pela abertura na curva de juros após falas de dirigentes do Fed mencionando de que não esperam corte de juros neste ano. Além disso as ações de bancos tiveram um dia ruim após o teste de estresse do Fed mencionar que os bancos estão mais arriscados com despesas maiores que no ano passado. A Micron Technology caiu 7% ontem mesmo após resultado surpreender positivamente com alta demanda relacionada à inteligência artificial. Contudo, as projeções divulgadas pela companhia não animaram tanto o mercado. Hoje investidores estão de olho nos dados do PIB americano, além de uma série de indicadores econômicos. Hoje à noite também é esperado o primeiro debate entre os presidenciáveis Joe Biden e Donald Trump, antes das eleições em novembro.

*Mundo*
Mercados asiáticos encerraram majoritariamente em queda em meio a renovação de mínimas históricas do iene e lucro industrial chinês mostrar fraqueza em maio avançando 0,7% no mês contra 4% em abril. As preocupações acerca da desvalorização da moeda japonesa já ganham agenda no BoJ (banco central japonês) que pode voltar a elevar os juros, além disso o ministro das finanças do Japão alegou que as autoridades devem intervir no mercado cambial. Mercado europeu amanhece em leve queda com cautela concentrada no mercado francês, diante das eleições no país, onde a perspectiva é de que a extrema direita saia vitoriosa por lá. O índice de sentimento econômico na zona do euro caiu inesperadamente em junho pressionado pela confiança da indústria e serviços.

*Brasil*
Por aqui, o Ibovespa até que se livrou da pressão do dólar forte pelo mundo - que por aqui atingiu R$5,50 - e da abertura da curva de juros, tanto nos EUA quanto aqui. O que ajudou a aliviar foi a divulgação do IPCA-15, que ficou abaixo do esperado e a alteração para a meta contínua da inflação. Mas por outro lado, tivemos falas do presidente Lula novamente trazendo preocupações sobre o fiscal. No cenário corporativo os destaques de ontem ficaram para Vale e outras exportadoras que seguraram o índice no campo positivo. A Suzano desistiu da aquisição da International Paper e as ADRs da companhia dispararam 12% após comunicado. Repercute hoje no noticiário que a Aegea desistiu de apresentar proposta para a Sabesp, ficando só a Equatorial na disputa. Mercados ficam de olho no RTI e falas de Campos Neto hoje, além de dados de emprego do Caged.

*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera em queda e futuros em Wall Street também tem baixa enquanto os juros das Treasuries ampliam ganhos da sessão anterior, enquanto investidores aguardam dados do PIB norte-americano. O petróleo avança mesmo com aumento inesperado dos estoques nos EUA ontem, mas repercutindo tensões no Oriente Médio. Minério de Ferro futuro tem forte alta.

*O que esperar*
Mercados amanhecem em queda na Europa e com futuros em Nova York também em baixa, mas aguardam dados do PIB nos EUA hoje. Por aqui, Commodities em alta podem ajudar, mas mercado fica de olho no relatório de inflação e falas de Campos Neto, além dos dados de emprego.Cadastre-se para receber nossos relatórios: https://interinvest.inter.co/


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