Semana mais curta com feriados, mas agenda cheia deve movimentar mercados
Semana mais curta com feriados tanto nos Estados Unidos hoje (Memorial Day) quanto no Brasil na quinta (Corpus Christi). No entanto, a agenda vem robusta, com dados de inflação e PIB nos Estados Unidos, além de IPCA e pautas políticas aqui no Brasil, como reoneração da folha e reforma tributária, e por fim discurso da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
*Estados Unidos:*
Mercado norte-americano está fechado hoje por conta do feriado do Memorial Day, mas investidores acompanham o início da temporada de férias no hemisfério norte, com os números preliminares do feriado prolongado já mostrando maior fluxo tanto terrestre quanto aéreo. Na semana passada, os juros das Treasuries ficaram mistos, depois que novos dados mostraram a economia norte-americana está longe de desacelerar, dificultando o trabalho do FED para entregar algum corte nos juros este ano. Os T-bonds de 10 anos encerraram em 4,47%. No entanto, o momentum positivo para as bolsas locais continua, com os índices mantendo a alta recente, puxados, majoritariamente, pelas empresas de tecnologia. No ano, S&P 500 e Nasdaq avançam mais de 11% até agora.
*Mundo:*
Na Ásia, a maioria dos índices avançaram nesta madrugada, seguindo o otimismo visto em Wall Street na sexta-feira, com fôlego especial vindo do setor de Tecnologia. Os destaques de alta ficaram com as bolsas de Taiwan e Coreia do Sul. Em Hong-Kong, o índice também subiu, com o lançamento de um fundo multibilionário para suporte ao setor de semicondutores. Na China, o lucro da indústria cresceu 4,3% em abril, mesmo ritmo no acumulado do ano, com destaque para a alta recorde de 6,4% no setor privado. No Japão, autoridades monetárias reconhecem que o momento econômico é diferente e monitoram inflação e seus impactos no mercado de trabalho. Na Europa, as bolsas avançam nesta manhã, mas investidores processam fala do economista-chefe do BCE, Philip Lane, sobre a persistência da inflação e possível efeito no ritmo de cortes esperados para este ano nos juros. As apostas, no entanto, seguem para primeiro corte em junho.
*Brasil:*
Com a piora nas expectativas de inflação e, consequentemente, na Selic, a aversão ao risco voltou a dominar o mercado local e o Ibovespa encerrou a semana em queda de 3%, sendo este o maior recuo semanal desde março de 2023. Nos destaques de queda, Petrobras e Itau lideraram, pesando no índice local. O aumento dos gastos e despesas do governo trazem incertezas sobre a equalização das contas públicas, uma vez que esse aumento vem, em boa parte, da expansão de despesas obrigatórias, como Previdência Social, Saúde e Educação. Para esta semana, o feriado na quinta não impede a agenda cheia no campo político. Governo encaminha segundo projeto que trata da reforma tributária e Câmara pode votar o projeto de Mobilidade Verde (Mover), além da taxação sobre compras internacionais até US$ 50. Congresso se reúne também para analisar vetos presidenciais. Hoje, mercado fica de olho no relatório Focus e em fala de Campos Neto.
*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar, DXY, está de lado em dia de mercado fechado nos Estados Unidos por conta do feriado do Memorial Day. Petróleo avança, com mercados de olho nos dados da OPEP+. Bitcoin recua, sendo negociado a US$ 68,5 mil.
*O que esperar?*
Com o mercado norte-americano fechado, devemos ver um dia de pouca liquidez e maior influência da agenda local. Mercado deve monitorar o cenário político, enquanto aguarda agenda sobre reforma tributária e reoneração da folha. Petrobras fica no radar com alta do petróleo e discurso de Magda Chambriard, nova presidente eleita.Cadastre-se para receber nossas análises https://interinvest.inter.co/
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