Motim na Rússia e semana de muitos dados
Semana começar agitada com curto, porém preocupante motim na Rússia e bateria importante de dados tanto aqui quanto la fora. No ultimo pregão, Ibovespa encerrou estável e no acumulado da semana subiu leves 0,18%. De uma lado, o índice foi puxado para baixo pela Vale e pela Petrobras, que recuou com mais uma queda no preço do petróleo. No lado positivo, destaque de alta foi para as empresas de distribuição de energia elétrica após o Ministério de Minas e Energia autorizar abertura de consulta pública para o processo de renovação de 20 concessões que vencem entre 2025 e 2031. Em Wall Street, bolsas encerraram no vermelho com o tom mais hawkish dos bancos centrais ao redor do mundo e dados fracos dos PMIs na Zona do Euro e nos EUA, elevando os temores de recessão global. O dólar fechou o dia em alta de 0,1%, enquanto o índice dólar (DXY) avançou 0,47%. Na semana, a moeda norte-americana desvalorizou 0,85% em relação ao real. Para hoje, na agenda doméstica teremos Boletim Focus, enquanto lá fora, agenda está vazia.
Estados Unidos
Mercados amanhecem em leve queda, processando acontecimentos do fim de semana na Europa, com curta revolta de mercenários russos que trouxe volatilidade aos preços do petróleo. Ações de defesa avançam no pré e papéis de Óleo&Gás recuam, após subirem seguindo os preços do petróleo. Esta semana, mercados acompanham dados de inflação (PCE) e sentimento do consumidor de Michigan, além de fala de Powell novamente. Foco segue na digestão de indicadores econômicos que serão determinantes para o rumo dos juros norte-americanos.
Europa e Ásia
Na Ásia, na volta do feriado, as bolsas chinesas recuaram após dados mais fracos de turismo indicarem enfraquecimento da economia. Apesar da mobilidade ter avançado +3,2% a/a, consumo cedeu e mercado passa a questionar a projeção de 5,5% para o PIB chinês neste ano. A S&P global revisou suas expectativas para 5,2% e pode ser seguida por outras casas. Ações de AI caem mais de 5%, em novo dia de forte recuo. Na Europa, uma curta revolta de mercenários russos colocou em dúvida a estabilidade e poderio do governo de Vladimir Putin e elevou receios quanto à produção de petróleo no país. Ações de defesa recuaram, após ânimos acalmados e papéis do setor financeiro recuam com instabilidade na região e cenário de juros mais elevados por mais tempo.
Brasil
Aqui, a semana traz Ata do Copom, na qual investidores buscarão detalhes da decisão tomada na última sessão e expectativas sobre início do ciclo de cortes na Selic. Semana também terá IPCA-15, IGP-M, dados de inflação e de mercado de trabalho. O CMN reúne-se para definir a meta de inflação para 2026, a qual pode ser alterada para 3% ou sofrer alterações na computação do prazo, saindo de ano-calendário para meta contínua (12 meses). Companhia Brasileira de trens urbanos (CBTU) emprega ao menos 10 familiares e conhecidos de Lira, conforme investigação da PF. Semana também traz discussões sobre Reforma Tributária.
Abertura
Na abertura, o índice DXY recua, assim como juros das Treasuries e futuros em Nova Iorque. Petróleo sobe levemente, enquanto commodities metálicas e grãos recuam.
O que esperar
Com cenário externo incerto, Ibovespa atenta ao noticiário local. Atenção às ações da Petrobras com volatilidade do petróleo mas também com fala do presidente da instituição sobre mudança na política de dividendos da companhia. Ações de frigoríficos também devem ter oscilação, após confirmação de caso de gripe aviária no Paraná.
Dados de mercado
- Ibovespa (Fec): +0,04%
- SP500 (Fec): -0,77%
- Dow Jones (Fec): -0,65%
- Nasdaq (Fec): -1,01%
- Nikkei (Fec): -0,25%
- SSEC (Fec): -1,48%
- CSI (Fec): -1,41%
- FTSE (Abe): -0,22%
- DAX (Abe): -0,27%
- CAC (Abe): +0,07%
- Dólar: R$ 4,78
- BTC (Abe): US$ 30.314
Agenda do dia - 08:25 | Boletim Focus
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