*Nvidia recupera e Ibovespa interrompe sequência positiva. IPCA-15 no radar.*
Com a Nvidia se recuperando, Wall Street e mercados globais voltaram a operar no campo positivo, exceto o Dow Jones que repercutiu falas duras de membros do Fed ontem e enfrentou o fluxo voltado para o setor de tecnologia. Por aqui, a ata do Copom e preocupações com o fiscal interromperam a sequência de alta dos últimos cinco pregões do Ibovespa. Mercados ficam de olho em dados de vendas de casas novas nos EUA e acompanham as vésperas das eleições na França mantendo um tom de aversão ao risco por lá. Por aqui, destaque fica para a divulgação do IPCA-15 e contas do governo central.
*Estados Unidos*
Mercado norte americano encerrou a terça-feira em tom misto, desta vez com a Nasdaq se recuperando, impulsionada pela recuperação da Nvidia que avançou quase 7% após ter caído quase 13% nas últimas sessões. O S&P 500 também avançou, mas o Dow Jones foi na direção contrária com o mercado pesando falas mais duras de dirigentes do Fed. Diante da recente correção com os papéis da Nvidia e dos temores de bolha, o Bank of America reiterou a recomendação de compra e acrescentou a ação da companhia da lista de top picks considerando balanços sólidos, governança e crescimento de lucros acima da média. Ainda no cenário corporativo, a Tesla viu o registro dos seus veículos elétricos na China avançar 49% na semana passada, enquanto enfrenta recall de mais de 11 mil cybertrucks que tiveram problemas na caçamba do porta-malas. Para hoje mercados ficam de olho nas vendas de casas novas e estoques de petróleo.
*Mundo*
Mercados asiáticos encerraram majoritariamente em alta impulsionados por ações do setor de semicondutores acompanhando a recuperação da Nvidia. Destaque para a Advantest – fabricante de equipamentos de teste para indústria de chips que saltou 7%. Na Europa, mercados abrem em alta, exceto na França, onde o apetite ao risco foi contido antes das eleições parlamentares no país que ocorrerão no fim de semana. Nos demais mercados europeus a recuperação do setor de tecnologia tem sido o vetor. No cenário corporativo, o guidance de lucro maior que o esperado da americana FedEx impulsionou a alemã DHL. Por outro lado, os papéis da Volkswagen caem após anúncio de que a companhia irá investir US$ 5 bilhões na fabricante americana de picapes elétricas, Rivian.
*Brasil*
Por aqui, mercado interrompeu a sequência de cinco altas consecutivas e apresentou leve queda após a ata do Copom. Vimos também o dólar atingir R$5,45 e a curva de juros abrir com o mercado preocupado com o fiscal. No cenário corporativo, destaque para a Fras-le, que anunciou a compra de um conjunto de ativos do grupo mexicano Kuo por R$2,1 bilhões em sua maior aquisição da história. Ontem foram divulgados os dados da arrecadação federal, que obteve um ganho real de 10,46% em maio, maior arrecadação para o mês desde 2000. Mercado fica de olho hoje na divulgação do no IPCA-15 de junho. Além disso, o CMN se reúne hoje para deliberar sobre a meta de inflação, que já tem o aval de Lula para alterar para o modelo de contínuo a partir de 2025 com alvo em 3%.
*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera em alta e futuros em Wall Street acompanham e juros das Treasuries operam mistos, com investidores aguardando dados do setor imobiliário e leilões do tesouro. O petróleo avança antes da divulgação dos dados semanais de estoques nos EUA. Contrato futuro de minério de ferro opera em alta.
*O que esperar*
Mercados globais mudaram a rota e voltaram a favorecer papéis de tecnologia após a recuperação da Nvidia. Ásia e Europa dão sinais de apetite a ativos de risco, mas curva de juros americana pode conter o movimento. Por aqui, a alta do petróleo e do futuro do minério de ferro pode aliviar o lado das commodities, mas IPCA-15 deve ser o principal vetor do Ibovespa hoje.Cadastre-se para receber nossos relatórios: https://interinvest.inter.co/