Macroeconomia


Bom dia, Inter! 26/04/2024

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Matheus Amaral

Publicado 26/abr

PCE no radar, Alphabet e Microsoft superam expectativas, Anglo American recusa BHP, Petrobras aprova dividendos e tem mais...

Mercados caíram na noite de ontem após o PCE preliminar vir acima do esperado, mesmo com o PIB americano desacelerando. Investidores também reagiam ao guidance desanimador da Meta, e a curva de juros também trouxe pressão. Por aqui, destaque negativo para a Vale, que pressionava o índice após balanço, mas alta da Petrobras com dividendos sustentou o índice próximo à estabilidade. Hoje, mercado reage a inúmeras notícias com destaque à divulgação do PCE, enquanto a temporada de balanços está à todo vapor com destaque para a Alphabet e Microsoft, que sobem no pré-mercado puxando futuros, mas Intel desaba.

Estados Unidos
Bolsas em Wall Street fecharam em queda após dados do PCE desapontarem expectativas mostrando aceleração, ainda que a divulgação do PIB americano tivesse vindo bem abaixo das expectativas. Desta forma, as dúvidas quanto à política monetária nos Estados Unidos seguem nos holofotes. Também ditou o tom o balanço da Meta, que apesar de superar expectativas, o guidance divulgado não trouxe ânimo aos investidores, trazendo mais custos relacionados a IA. Nesta manhã ganham destaque positivo, os balanços da Alphabet e Microsoft, que surpreenderam o mercado. A controladora do Google, inclusive, anunciou pagamento de dividendos e papéis de ambas avançam forte no pré-mercado enquanto Intel desabava com projeções abaixo do esperado. Mercado fica em compasso de espera ao PCE mensal.

Mundo
Mercados asiáticos encerram em alta, após o banco central japonês manter a taxa de juros inalterada, mantendo a política monetária acomodatícia. Contudo, houve sinalização de que o BoJ pode elevar os juros se a inflação subjacente ganhar força. O iene continua perdendo força contra o dólar e após decisão renovou a mínima de mais de 3 décadas. Na China, ações do setor imobiliário e tecnologia ganharam força enquanto em Hong Kong, o setor financeiro foi destaque, após o Conselho de Estado chinês alegar que fortalecerá grandes companhias do mercado. Na Europa, bolsas abrem em alta em meio a temporada de resultados, mas ganha destaque a recusa da mineradora britânica Anglo American à proposta feita pela concorrente australiana BHP, alegando ser oportunista e subavaliar a empresa, ambos os papéis caem.

Brasil
Por aqui, após resultado divulgado ontem e também em meio a notícia de fusão das suas principais concorrentes, a Vale puxou negativamente o índice, compensando a alta da Petrobras que aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, representando R$ 22 bilhões a serem pagos. Mercado também acompanhava a entrega da reforma tributária e o presidente Câmara, Arthur Lira, alegou que a regulamentação da reforma pode ser aprovada ainda este ano. Nesta manhã, os papéis da Vale e Petrobras avançam no pré-mercado com a alta das commodities e noticiário corporativo. Fica no radar o IPCA-15 com expectativa de uma desaceleração para 0,29% em abril, onde se espera uma queda nos alimentos e na gasolina. Mercado também acompanha falas de Campos Neto em evento.

Abertura
Na abertura, o índice dólar, DXY, recua, mas futuros em Wall Street, sobem com Alphabet e Microsoft. Os juros das Treasuries caem na espera do PCE mensal. O petróleo amplia ganhos em mercado em compasso de espera ao PCE.

O que esperar?
Em dia movimentado, mercados começam o dia em tom positivo com ações de tecnologia puxando os futuros em nova York. Mas a divulgação do PCE pode pressionar, dado que os dados preliminares vieram acima do esperado. Com commodities em alta, as ADRs da Petrobras e Vale indicam abertura positiva e papéis podem beneficiar o Ibovespa por aqui, que também fica à mercê do humor global após o PCE.Cadastre-se para receber nossas análises: https://interinvest.inter.co/ (editado)


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