Recorde de Harris e Fiscal toma atenção por aqui.
Em repercussão ao “adeus” de Biden à campanha eleitoral seguido por recorde de arrecadação para Harris, mercados subiram ontem e o Ibovespa acompanhou, mas também foi impactado pela divulgação do relatório bimestral, que trouxe avanço na perspectiva do déficit do governo para o ano. Mercado ainda avalia o risco fiscal no país, mas já fica de olho na temporada de balanços no exterior com Alphabet e Tesla hoje após o pregão.
*Estados Unidos*
Bolsas em Wall Street fecharam em alta, repercutindo a desistência de Biden e já de olho em Kamala Harris, que viu sua arrecadação de campanha bater recorde em 24 horas. O noticiário local também levantou que Harris já possui apoio suficiente de delegados para ser candidata, o que é necessário para a convenção do Partido Democrata em agosto. No cenário corporativo, mercado se prepara para receber os resultados de grandes companhias hoje como Alhpabet, Tesla e Visa, após o fechamento e Coca-cola e GM, antes do pregão. Em pesquisa feita pela Bloomberg, a maioria dos entrevistados espera que a temporada de resultados impulsione positivamente o S&P 500.
*Mundo*
Mercados asiáticos encerraram em baixa, apesar de uma recuperação em ações ligadas ao setor de tecnologia e semicondutores. Após o banco central chinês cortar a taxa de juros de referência em 0,1 ponto percentual, investidores ainda avaliam que os últimos estímulos são insuficientes para impulsionar a economia chinesa. Mercado europeu amplia ganhos de ontem, desta vez, avaliando balanços divulgados por lá, como o da SAP, que superou expectativas e as ações sobem 7% hoje. A Logitech também avançava quase 3%, em função de guidance positivo para o ano após forte resultado no trimestre. Na ponta negativa, a Porsche caía 4% após a companhia reduzir estimativas de receita devido à escassez de alumínio.
*Brasil*
O Ibovespa acompanhou o bom humor em Wall Street após desistência de Biden, mas também repercutiu o relatório bimestral de receitas e despesas do governo que confirmou o contingenciamento de R$ 15 bilhões, mas trouxe avanço da projeção do déficit para o ano de 2024, que deve representar 0,3% do PIB, ante previsão de 0,1%. Mercado agora avalia as condições do governo para cumprir a meta de representatividade de 0% do déficit público sobre o PIB, que possui uma banda de 0,25 pontos percentuais. No cenário corporativo, o Carrefour dará o pontapé inicial da temporada de balanços após o fechamento do pregão. Destaque ontem foi para a queda de 7% das ações da Embraer, sem maiores motivos, após anunciar a venda de 9 cargueiros para a Holanda e Áustria.
*Abertura*
Na abertura, o índice dólar (DXY) avança, enquanto futuros em Wall Street operam em tom misto, aguardando balanços. Os juros das Treasuries operam em queda, após subir por três pregões consecutivos. O petróleo opera próximo à estabilidade e o minério de ferro caiu mais de 3% em Dalian.
*O que esperar*
Mercados devem continuar em tom positivo, apesar de futuros em Nova York operarem sem direção definida na abertura, dando espaço para a agenda corporativa. Por aqui Ibovespa deve acompanhar avaliações sobre o fiscal e a queda do minério pode pressionar a Vale.