*Nvidia rouba a cena, mais uma vez*
Surpreendendo os mais incrédulos, a Nvidia reportou novamente um balanço trimestral além da imaginação e confirmou que o momentum de AI segue firme e forte. Por outro lado, os minutos do FED trouxeram uma visão mais pessimista sobre os juros no país. No Brasil, Haddad diz que meta para inflação de 3% é “inimaginável” e gera estresse no mercado. Petrobras continua no radar.
*Estados Unidos:*
As bolsas norte-americanas encerram o dia em queda ontem, amargando a visão mais árdua trazida pela ata do FOMC, na qual vimos a confirmação do “mais alto por mais tempo” no patamar de juros no país. Inclusive, alguns membros chegaram a discutir a possibilidade de se subir os juros novamente, caso necessário. Com esse cenário, mercado perdeu um pouco do fôlego, não fosse pelos resultados da Nvidia, após o fechamento do mercado. Com mais um balanço espetacular, a companhia bateu as estimativas do mercado, reportando receitas 262% maiores que um ano atrás, além de um aumento de mais de 460% no lucro. Além disso, a companhia segue otimista com os resultados no restante do ano e anunciou um stock split de 10:1, além de ter aumentado seus dividendos em 150%. Palmas para a empresa! Hoje futuros sobem, com os papéis da Nvidia avançando 7%. Mercado olha também PMI.
*Mundo:*
Na Ásia, os índices tiveram novamente um dia misto. Por um lado, as bolsas com maior representatividade de tecnologia, como Coreia do Sul e Japão, avançaram, na esteira dos resultados da Nvidia, com destaque para as empresas de semicondutores. Por outro, as bolsas chinesas recuaram, com investidores reacessando o recente plano de resgate do setor imobiliário apresentado pelo governo chinês. Na Europa, as bolsas avançam em maioria, mas o foco está na convocação de eleições feita por Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido. A decisão dividiu opiniões, uma vez que Sunak não tem a preferência entre os eleitores, mas o premier britânico vai se apoiar na melhora macroeconômica da região, em especial inflação, além de dados de saúde e política de imigração.
*Brasil:*
Pressionada pelo exterior mais pessimista após a ata do FED, a bolsa brasileira recuou 1,38% ontem, enquanto o dólar avançou 0,59%, fechando em R$ 5,15. Praticamente todos os papéis do Ibovespa recuaram, com destaque para a Vale, que acabou pesando ainda mais no índice. Fala de Haddad sobre meta de inflação em 3% ser “exigentíssima” e “inimaginável” para um país como o Brasil também pesaram no humor local, afetando a curva de juros. Governo elevou a projeção de déficit das contas públicas neste ano, em 0,1% do PIB, mas ainda dentro do intervalo de tolerância. A indicação de Magda Chambriard foi aprovada pelo comitê interno da companhia, mas a nova presidente deve chegar já debaixo de grande pressão vinda de todos os lados. Fizemos relatório especial sobre o comando da petroleira.
*Abertura:*
Na abertura, dólar perde um pouco de força ante demais moedas e o índice DXY recua levemente. Futuros em Wall Street avançam, com destaque para Nasdaq, devido ao impulso dos papéis de Nvidia. Commodities metálicas recuam, mas petróleo sobe. Bitcoin avança, com mercado de cripto atento a notícias vindas de Washington (confiram na nossa CriptoWorld amanhã).
*O que esperar?*
As bolsas internacionais em alta não necessariamente significam uma melhora de humor para os ativos brasileiros, já que por aqui a representatividade de techs ainda é pequena. No entanto, a alta do petróleo pode ajudar a limitar o recuou de outras commodities que pressionam exportadoras como Vale. Cenário político aqui pesa negativamente.
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