Macroeconomia


Bom dia, Inter 22/06/2024

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Matheus Amaral

Publicado 22/jul

Desistência de Biden e corte de juros na China são destaque.

Após uma semana de queda nos mercados tanto aqui quanto no exterior com o apagão cibernético ocorrido na sexta-feira, mercados começam a semana digerindo a desistência de Joe Biden da candidatura à reeleição e um corte inesperado na taxa de juros na China. Com agenda mais fraca hoje e balanços no radar, são aguardados para a semana dados da indústria e serviços, além do PIB e PCE nos EUA e por aqui, IPCA-15 e dados de crédito.

Estados Unidos
O fim de semana foi marcado pelo anúncio da desistência de Joe Biden à candidatura para presidência. Biden indicou sua vice, Kamala Harris para substituí-lo da disputa eleitoral. Harris já formalizou seu registro e deve esperar a confirmação do seu nome na Convenção Nacional do Partido Democrata, em agosto. A desistência de Biden pode trazer novo fôlego à campanha dos Democratas, mudando o foco sobre a saúde de Biden e voltando ao debate político entre os presidenciáveis. Mercados ainda avaliam a notícia e pode reavaliar o “Trump Trade”, apostas que levam em consideração ativos que se beneficiam de uma vitória Republicana.

Mundo
Mercados asiáticos encerram em queda, exceto a bolsa de Hong Kong, repercutindo o noticiário do ocidente mas também um inesperado corte de juros na China após os dados do PIB da semana passada mostrarem desaceleração. O Banco do Povo da China reduziu em 0,1 p.p. a taxa de juros de referência, que saiu de 3,45% para 3,35%. Apesar do estímulo monetário, ações do setor petrolífero puxaram o mercado chinês para baixo. Na Europa, mercados abrem em forte alta repercutindo a notícia da desistência de Biden e corte de juros no gigante asiático. Ganha destaque o silêncio de dois meses do diretor do Banco da Inglaterra, Andew Bailey, antes da próxima reunião que ocorrerá na semana que vem, mantendo o mercado indeciso quanto a movimentação dos juros por lá.

Brasil
Por aqui, o mercado na semana passada encerrou em queda ainda digerindo o contingenciamento de despesas do governo de R$ 15 bilhões, que não deve ser suficiente para conter o déficit fiscal e manteve o mercado em tom de cautela. O apagão cibernético da sexta-feira também trouxe alguns impactos como voos cancelados, serviços financeiros e até emissoras de TV fora ar. Para a semana, dados do IPCA-15 e de crédito são destaques e começa a temporada de resultados com os balanços do Carrefour, Santander, Vale entre outras companhias.

Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) cai, enquanto futuros em Wall Street avançam após desistência de Joe Biden da candidatura. Os juros das Treasuries operam em queda, enquanto as commodities e os criptoativos avançam, exceto o minério de ferro.

O que esperar
Mercados globais digerem positivamente a desistência de Biden com bolsas europeias e futuros em Nova York em alta, enquanto investidores reavaliam o Trump Trade. Por aqui commodities e humor global podem beneficiar o índice.


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