Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 22/05/24

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Gabriela Joubert

Publicado 22/mai

Dia de Nvidia e nada mais

A Nvidia divulga seu balanço hoje após o pregão e mercados aguardam atentos pelos números da gigante do setor de AI, com expectativas elevadas de que esse seja mais um trimestre memorável. Mercados olham também a Ata do FOMC e no Brasil, Petrobras segue no radar, juntamente com fiscal.

*Estados Unidos:*
As bolsas norte-americanas encerraram o dia em leve alta, com investidores processando falas de membros do FED que reforçaram a mensagem de cautela quanto ao ritmo de convergência da inflação à meta. Os juros das Treasuries recuaram e hoje mercado espera pela Ata do FOMC antes dos resultados da Nvidia no fim do dia. Há um ano, a empresa se consolidava como o futuro da trend de AI global e seu valor de mercado saltou 212% desde então, para de US$ 2,3 trilhões, representando hoje cerca de 5% do S&P 500. Consenso espera um crescimento de mais de 240% nas receitas da empresa. As apostas seguem favoráveis aos resultados e futuro das Mega Caps de tecnologia, com o índice das 7 Magnificent em nível recorde, mas já vemos aumentar os céticos, especialmente quanto aos valuations considerados esticados.

*Mundo:*
Na Ásia, os índices fecharam a madrugada sem direção definida, em dia sem movimentações significativas. Investidores monitoram decisões dos bancos centrais na região que também se mostram preocupados com a inflação. Na China, as bolsas subiram, enquanto em Hong Kong e Japão, houve recuo. As exportações japonesas cresceram pelo quinto mês consecutivo, com maiores volumes de veículos e chips, e o iene mais fraco. Na Europa, as bolsas recuam nesta manhã. A inflação no Reino Unido desacelerou menos que o esperado, colocando dúvidas se o BoE conseguirá iniciar a flexibilização de sua política monetária em breve. Por outro lado, Lagarde se mostra confortável com o ritmo inflacionário na Zona do Euro, sinalizando a possibilidade de corte em breve.

*Brasil:*
O Ibovespa recuou 0,27% ontem, puxado pelos papéis das gigantes Petrobras e Vale, além da pressão vinda da Suzano. Os papeis da petroleira tiveram pressão da queda do petróleo nos mercados internacionais, mas também das incertezas quanto ao seu comando. Internamente, Brasil junta-se a outras nações na tarifação de produtos vindos da China, neste caso o aço. As importações de aço no Brasil já voltam a patamares recordes, assim como outros produtos em outras regiões do globo e trazem preocupação, ao mesmo tempo que a demanda chinesa por commodities segue elevada. Projeto de Lei Complementar sobre a reforma tributária deve ser enviado pelo governo na próxima semana e Arthur Lira anunciou ontem dois grupos de trabalho que tratarão sobre a reforma.

*Abertura:*
Na abertura, o índice DXY apresenta leve alta e juros das Treasuries avançam levemente, após a queda de ontem, enquanto futuros em Wall Street ficam de lado no aguardo dos resultados da Nvidia. Petróleo cai, assim como as commodities metálicas, revertendo parte dos fortes ganhos dos últimos dias. Bitcoin está em leve alta, seguido por demais criptoativos.

*O que esperar?*
Com cenário externo de lado, no aguardo da Ata do FOMC e dos resultados da Nvidia, a bolsa brasileira deve monitorar avanços nas discussões sobre o comando da Petrobras, além de ficar de olho nas exportadoras em razão do recuo das commodities. No político, a reforma tributária é foco, além do fiscal.
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