Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 22/04/24

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Gabriela Joubert

Publicado 22/abr

Petrobras confirma dividendos extraordinários balanços das Techs ficam no radar

A semana passada foi marcada pela maior aversão ao risco tanto pelo lado macroeconômico com o FED, quanto pelo lado geopolítico com as incertezas dos conflitos no Oriente Médio. Para esta semana, mercados abrem com certo alívio, mas aguardam resultados das Big Techs nos Estados Unidos. No Brasil, investidores devem receber positivamente o pagamento extra de dividendos da Petrobras, enquanto político deteriora com Lira e Governo.

*Estados Unidos:*
Os índices norte-americanos encerraram a semana em queda novamente, marcados pelas tensões no Oriente Médio, mas também pela narrativa de juros maiores por mais tempo, conforme o FED sinaliza aumento das preocupações com inflação. As empresas de tecnologia, grandes destaques nos últimos anos, foram as maiores quedas, com Nasdaq perdendo para os demais índices. Netflix trouxe resultados acima do esperado, mas as ações caíram após a empresa revisar o guidance para o restante do ano. Esta semana, teremos resultados de Microsoft, Alphabet, Meta e Tesla. Números abaixo do projetado pelo consenso podem trazer mais pressão para o S&P 500. Na agenda semanal, teremos além de balanços, o PMI, 1ª leitura do PIB e PCE. Hoje, futuros avançam, de olho na temporada de balanços.

*Mundo:*
Na Ásia, as bolsas tiveram dia misto. Os índices chineses recuaram, diante de novas taxações do aço importado chines pelo governo Biden, ao mesmo tempo que outras regiões do mundo avaliam taxar outros produtos chineses, como os veículos elétricos. No corporativo, papéis da “nova economia” recuaram, juntamente com o setor de Energia, que seguiu a queda do petróleo, enquanto na outra ponta o setor de Real Estate avançou. No Japão, o Nikkei subiu com alívio vindo de praticamente todos os setores, exceto commodities. Na Europa, as bolsas avançam, deixando de lado pressões externas e voltando atenção aos números da temporada, com bancos da região divulgando balanços na semana. Investidores monitoram também Confiança do Consumidor na Zona do Euro e fala de Lagarde em evento em Yale.

*Brasil:*
Aqui no Brasil, o Ibovespa fechou em alta na sexta, divergindo dos pares externos, puxada por Petz, após notícia de fusão com a Cobasi, além de sustentada pela alta da Petrobras e da Vale. Contudo, a alta da sexta não foi suficiente para apagar a queda da semana, afetada pela maior aversão ao risco global e as discussões internas quanto ao fiscal. No campo político, Lula lança hoje o Desenrola para as pessoas jurídicas e o governo deve enviar ao Congresso os projetos que regulamentam a reforma tributária no âmbito do consumo e na Câmara podemos ver a votação do novo Perse. No entanto, os atritos entre o Governo e o líder da Câmara, Arthur Lira trazem à tona o desgaste que se arrasta entre os dois poderes. No corporativo, Petrobras confirma a proposta do CA de distribuir até 50% dos dividendos extras.

*Abertura:*
Na abertura, o índice DXY está estável, enquanto futuros em Nova Iorque avançam com alívio dos juros das Treasuries. Bitcoin sobe e petróleo recua, em meio ao alívio no Oriente Médio. Mercado monitora balanços das Big Techs que recuaram pelo sexto pregão consecutivo na sexta.

*O que esperar?*
O anúncio de dividendos da Petrobras pode impulsionar os papeis da companhia, apesar da queda do petróleo, e ajudar a dar ímpeto ao Ibovespa, que também deve olhar a alta dos pares internacionais. Localmente, os investidores se preparam para a temporada de balanços, com resultados de Vale e outras empresas.

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