Macroeconomia


Bom dia, Inter! 22/03/2024

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Matheus Amaral

Publicado 22/mar

Falta de “plurais” e balanços pressionam Ibovespa e Fed sustenta recordes no exterior

De volta ao normal, Ibovespa destoa das bolsas internacionais e cai puxada por Petrobras e alguns balanços divulgados. A curva de juros avançou ontem pressionando os ativos de risco com investidores por aqui interpretando a ausência de “plurais” na ata do Copom e indícios que o ritmo dos cortes pode começar a desacelerar antes do esperado. Para hoje a agenda é mais fraca no exterior, mas mercado acompanha fala de Powell em evento do Fed e por aqui são aguardados os dados da confiança do consumidor e avaliação do balanço bimestral das receitas e despesas primárias.

Estados Unidos

Bolsas em Wall Street renovaram recordes ainda na esteira do otimismo após o Fed indicar três cortes na taxa de juros para o ano. No final do pregão as ações da Apple caíram 4% com processo acusando a companhia de monopolizar o mercado de smartphones e excluir concorrentes. Por outro lado, estreando na bolsa, as ações da Reddit dispararam 48% após o IPO, isso após um unicórnio em infraestrutura de IA, Astera Labs ter estreado com alta de mais de 70% no primeiro pregão. Também no setor de tecnologia, a Micron Technology avançou 14% após balanço positivo. Balanço positivo tambémpara as vendas de moradias usadas que saltaram 9,5% em fevereiro, ante queda em janeiro.

Mundo

Bolsas na Ásia encerraram o último pregão da semana em tom misto, com queda nas bolsas chinesas e em Hong Kong, refletindo cautela na véspera de dados do lucro industrial e atividade econômica medida pelo PMI que sairá na semana que vem. Por outro lado, bolsas no Japão e Índia avançaram na esteira do otimismo em Wall Street. Principais mercados na Europa abrem em alta com o índice de sentimento das empresas alemãs subindo mais que o esperado e as vendas no varejo do Reino Unido estabilizaram em fevereiro, surpreendendo estimativas de queda. Ganhou destaque a fala do presidente do BC alemão, alegando que aumentou a probabilidade do BCE começar a cortar os juros antes das férias de verão, que ocorre em junho. Já um influente dirigente do BCE afirmou que é mais provável que o início dos cortes seja em junho.

Brasil

Enquanto o mundo renovava recordes, nossa bolsa por aqui caía 0,75% puxada por uma cautela do mercado após a ata do Copom indicar que o ritmo de corte de juros pode parar antes do esperado. Papéis da Petrobras acabaram acompanhando a queda do Petróleo ontem, além de alanços também ganharem destaque, caso da Cogna, que reportou prejuízo devido a impactos tributários e caiu 12%. Papéis de varejistas também pressionaram o índice ontem com Magazine Luiza e Casas Bahia em queda. Nem mesmo o minério de ferro em alta sustentou a Vale, que cedeu no pregão de ontem. Hoje, mercado aguarda dados da confiança do consumidor e análise do balanço bimestral das receitas e despesas primárias.

Abertura

Na abertura, o índice DXY subia, enquanto juros das Treasuries recuava e futuros em Wall Street apontavam para estabilidade. Petróleo cai pelo terceiro dia consecutivo após governo americano apresentar projeto na ONU para um cessar fogo imediato em Gaza. O minério de ferro opera acima de US$ 100/t. Bitcoin cai, operando a US$ 64 mil.

O que esperar?

Mercados globais apontam para um pregão positivo, mas perdendo a força dos últimos dois dias enquanto aguardam fala de Powell hoje. Mesmo com minério em alta, o Petróleo cede o que deve trazer um tom misto para o Ibovespa, que pode continuar destoando dos pares internacionais.


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