*Reunião do COPOM começa e China decepciona*Em dia de liquidez reduzida sem NY, o Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 0,93%. O índice foi puxado por bancos e Petrobras. Papéis da Vale tiveram leve queda com recuo do minério de ferro. Projeções do Boletim Focus para a inflação e taxa Selic no final do ano foram revisadas para baixo enquanto expectativa do crescimento do PIB foi alterada para cima. Tramitação e alterações no arcabouço fiscal pelo Senado estão no radar dos investidores. Mercado aguarda decisão do Copom na quarta, com projeção de manutenção da taxa de juros no nível atual. Em Wall Street, bolsas permaneceram fechadas devido ao feriado nos EUA. O dólar fechou o dia em queda de 0,9%, enquanto o índice dólar (DXY) avançou 0,3%. Para hoje, a agenda doméstica está vazia, enquanto lá fora, será divulgado Construção de novas casas nos EUA.

*Estados Unidos*
Na volta do feriado, bolsas lá fora indicam dia de baixa, conforme investidores aguardam por falas de dirigentes do FED hoje e de Jerome Powell ao longo da semana e absorvem a probabilidade de uma nova alta de 25 bps nos juros em julho. Sentimento também está prejudicado por decepção com China, com estímulos menores que o esperado, e que se reflete nos papéis das empresas chinesas listadas nos EUA. Hoje mercados também monitoram dados de Construção.

*Europa e Ásia*
Na Ásia, mercados fecharam em queda majoritariamente, decepcionados pela decisão do PBoC de cortar em apenas 10 bps as taxas de juros de financiamento referência para as hipotecas (LPRs). Somou-se às frustrações a visita de Blinken à China sem grandes avanços nas relações entre as duas potências. Ações de tecnologia e Real Estate são as maiores quedas. Alibaba anunciou a saída de seu CEO, Daniel Zhang, que focará no braço de cloud da empresa, seguindo plano de reestruturação anunciado recentemente. Nikkei teve leve alta, puxado pelo setor de trading, nova aposta de Warren Buffet. Já na Europa, bolsas também em queda, influenciadas pelas expectativas rebaixadas com China e pelo setor de químicos, que recua em bloco e puxa os índices locais após corte de projeções de gigante alemã. No Reino Unido, setor de saúde recupera, equiparando perdas das mineradoras.

*Brasil*
Hoje tem início a reunião do Copom que amanhã anuncia sua decisão sobre os juros no país. Expectativas são de manutenção da Selic em 13,75%, mas com sinalização de que o ciclo de cortes esteja próximo. O parecer da reforma tributária teve novo atraso, conforme discordâncias entre governadores, prefeitos e alguns setores da economia dificultam avanços na pauta. A produção siderúrgica brasileira recuou 5,5% a/a em maio, com vendas caindo 6,9% no mercado interno, conforme dados do IABR. Hoje, agenda local está vazia.

*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera próximo à estabilidade, enquanto futuros em Wall Street recuam e juros das Treasuries avançam. Petróleo está instável, mas minério de ferro e commodities metálicas caem, com China decepcionando.

*O que esperar*
O mau-humor externo e a decepção com China podem limitar o otimismo local com melhores perspectivas de juros e inflação. O Ibovespa engatou rali e segue refletindo melhores condições macro e menor prêmio de risco, o que tem beneficiado os papéis das companhias voltadas ao mercado interno, principalmente.

*Dados de mercado*

- Ibovespa (Fec): +0,93%
- SP500 (Fec): -0,37%
- Dow Jones (Fec): -0,32%
- Nasdaq (Fec): -0,68%
- Nikkei (Fec): +0,06%
- SSEC (Fec): -0,47%
- CSI (Fec): -0,17%
- FTSE (Abe): +0,02%
- DAX (Abe): -0,61%
- CAC (Abe): -0,28%
- Dólar: R$ 4,77
- BTC (Abe): US$ 26.772

*Agenda do dia*

- 09:30 | Construção de novas casas

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