Mercados amanhecem em alta, seguindo o movimento da semana passada, conforme as apostas de cortes de juros ainda este ano pelo FED, BCE e outros BCs ganham força. No radar hoje, a morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e seu impacto nos conflitos no Oriente Médio, além da alta das commodities. Investidores também aguardam falas e Ata do FED, além de resultado da Nvidia.

*Estados Unidos:*
Na semana passada, as bolsas norte-americanas encerraram em forte alta, motivadas pelas expectativas de que o FED ainda deva iniciar seu ciclo de corte de juros este ano, ancorado na tendência de queda da inflação, após leitura do CPI melhor que o esperado em abril. O Dow Jones fechou acima dos 4 mil pontos pela primeira vez desde sua concepção, mostrando um movimento do mercado de busca por Quality. Hoje, futuros estão em alta, enquanto os juros das Treasuries recuam. Mercado processa desdobramentos da morte do presidente iraniano nos mercados de commodities e nas análises geopolíticas do conflito no Oriente Médio. Investidores aguardam também os números da Nvidia, a serem divulgados esta semana, além de dados do setor imobiliário e Ata do FED.

*Mundo:*
As bolsas asiáticas encerraram o dia em alta coletiva, ainda processando o plano de resgate anunciado pelo governo chinês para o setor imobiliário. No entanto, apesar da magnitude dos pontos a serem tratados, alguns analistas avaliam que o mesmo não será suficiente para dar fim à crise de Real Estate que se arrasta há alguns anos. No Japão, as discussões sobre novo aumento de juros pelo BoJ continuam em meio às especulações com a depreciação do iene e alguns sinais mais hawkish de membros da instituição. Na Europa, as bolsas sobem, puxadas pela alta das commodities, em especial cobre e ouro, esta última funcionando como porto seguro em meio aos receios de escalada nos conflitos no Oriente Médio, após a morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, em uma queda de helicóptero nesta madrugada. O mercado foca, ainda, nas apostas de início de cortes de juros pelo BCE, enquanto monitora CPIs na região ao longo da semana.

*Brasil:*
A bolsa brasileira encerrou a semana também em alta, de 0,43%, apesar de em menor magnitude que seus pares externos. O índice foi afetado pelos papéis das Blue chips. De um lado, as ações da Vale subiram, seguindo a alta do minério de ferro em razão dos estímulos ao setor imobiliário chinês, por outro, os papéis da Petrobras recuaram em mais um movimento de troca em seu comando. No campo político, a dívida pública chegou a 75,7% do PIB e os sucessivos aumentos de gastos do governo colocam em xeque a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao mesmo tempo, a participação de estrangeiros na dívida vem aumentando, conforme o rating do país melhora.

*Abertura:*
Na abertura, o índice DXY opera estável, enquanto futuros em Wall Street avançam e os juros das Treasuries recuam levemente. Commodities avançam, principalmente as metálicas, com destaque ao cobre, minério de ferro e ouro, enquanto petróleo recua. Bitcoin acumula 12% de alta no mês, operando acima dos US$ 67 mil.

*O que esperar?*
O momentum segue beneficiando o apetite ao risco nos mercados externos e podemos ver um dia positivo para a bolsa brasileira, em especial beneficiada pela alta das commodities, apesar da pressão vinda da Petrobras, com investidores ainda processando as mudanças no comando da companhia, ajudado também pela queda do petróleo hoje.
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