Feriado nos Estados Unidos hoje deve limitar volume na bolsa brasileira, mas investidor local fica de olho mesmo é na decisão do Copom, que deve encerrar o ciclo de cortes na Selic, além de monitorar o fiscal, que ainda preocupa.

Estados Unidos:
Ontem, as bolsas norte-americanas encerraram em alta, com S&P 500 e Nasdaq batendo novos recordes, puxados pelo avanço de Nvidia, que ultrapassou a Microsoft como a empresa mais valiosa do mundo. Os dados de vendas ao varejo vieram piores do que o esperado em maio, ainda considerando que os números de abril foram revisados para baixo, indicando um segundo trimestre mais fraco pelo lado do consumo. Ao mesmo tempo, a produção industrial surpreendeu positivamente, com alta de 0,9%. Mercado também tem monitorado as falas dos membros do FED, após a decisão da semana passada que trouxe as expectativas atualizadas e sinalizou apenas um corte nos juros para este ano. A mensagem dos dirigentes mostra a busca pela confirmação de que os dados estejam convergindo ao necessário para o início da flexibilização da política monetária. Hoje, mercado está fechado por conta do feriado de Juneteenth.

Mundo:
Na Ásia, as bolsas tiveram madrugada mista, seguindo o alívio nas Treasuries norte-americanas, após dados mais fracos no varejo. Na China, promessas do governo de mais reformas no mercado de capitais ajudaram a impulsionar os índices, com destaque para a bolsa de Hong Kong que avançou cerca de 3%, também beneficiada pelos papéis de tecnologia. No Japão, as exportações avançaram ao maior patamar desde o fim de 2022, beneficiado pelos setores automotivo e de chips, ajudada também pela fraqueza do iene. Na Europa, as bolsas recuam nesta manhã. Investidores por lá aguardam a decisão do BoE amanhã, mas as apostas de cortes de juros em agosto já estão sendo dissipadas, depois dados de serviços surpreenderem positivamente, apesar da inflação desacelerando.

Brasil:
A bolsa brasileira subiu 0,30% ontem, puxada pelos papéis da Petrobras, que avançou beneficiada pela alta do petróleo e pelo acordo fechado com o governo para pagamento de impostos atrasados. Hoje, mercado aguarda decisão do Copom que deve encerrar o ciclo de cortes e manter os juros nos atuais 10,5%, mas o foco ficará no placar de votação, que gerou estresse na última reunião. O risco fiscal segue como principal ponto de atenção entre os investidores e ontem Lula voltou a criticar o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, alegando falta de comprometimento com o desenvolvimento do país. Hoje, além do Copom, mercado monitora reunião de Lula com seus ministros para discussão sobre revisão de gastos.

Abertura:
Na abertura, o índice DXY tem leve recuo, e nos Estados Unidos mercados estão fechados por conta do feriado. O petróleo tem leve queda e as commodities metálicas operam mistas. Bitcoin ensaia alta.

O que esperar?
Por aqui, devemos ter um dia voltado aos noticiosos locais em razão do feriado nos EUA que deve limitar o fluxo diário. Mercado fica de olho no Copom e reunião de Lula, além das commodities e seus efeitos nas exportadoras.
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